6 meses a sofrer… de alegria extrema!

Ora viva!
Cá estou eu outra vez. Sim, é verdade… Após uma enorme ausência da minha parte eis que estou de volta. (Sim, agora estou mesmo de volta. Mesmo, mesmo! Juro!) Hoje a minha princesa faz 6 meses. Yeahh! Parabéns para ela… E, como toda a gente sabe, com 6 meses os bebés já são praticamente independentes. Eu vou trabalhar e deixo-a lá em casa a desenrascar-se. Come, bebe, caga (ups… peço desculpa, as princesas não cagam, fazem mini cocózinhos lindos e maravilhosos), brinca e vê T.V. Ok, é certo que por estes dias tem lá a mãe para a ajudar mas isso são “peaners” para ela.

Estes 6 meses foram incríveis. A velocidade com que deixou de ser uma boneca que só sabia comer, dormir, e sujar fraldas, para passar a ser uma mini-terrorista é avassaladora. Ainda ontem mal chorava e agora já finge que chora só para nos dar conta da cabeça. Ainda no outro dia ficávamos em pânico quando ela tossia, engasgada com o leite, e agora já nos marimbamos porque sabemos que está a tossir apenas para chamar a atenção. (Ups, quer dizer… Não nos marimbamos nada… Nós vamos sempre lá ter com ela para ver se está tudo bem… coff, coff…). Em suma, ainda ontem não dava trabalho nenhum e hoje já nos ocupas o tempo todo. (E ainda não anda… Diz que quando começam a andar então, é a loucura…)

Mas nem tudo é mau. Aliás, mas nem tudo é menos bom. Saber que ela nos reconhece, qe já sabe fazer “gracinhas”, que se senta, que ri, que brinca, etc… É algo maravilhoso. Quem tem filhos sabe o que isto é, mas para aquele punhado de felizardos, que não tem pestinhas na sua vida, irei tentar explicar qual é esta sensação: imagine o leitor que gosta muito de carros, ou motas, ou outra coisa qualquer. Adquire um “carro” clássico. Um Ford Mustang de 1965, por exemplo. Compra-o e apesar de toda a gente lhe dizer que não é lá grande coisa você acha que é espectacular. Depois, a medida que o tempo vai passando você gasta todo o seu tempo a arranjá-lo. Põe-lhe umas portas novas, pinta-o, muda-lhe os pneus, entretanto ele avaria e tem de gastar mais uns trocos que não estava à espera, a seguir mete um capôt novo, depois um motor e, finalmente, lá consegue ligá-lo. É certo que ainda não está a funcionar a 100% mas já dá para perceber que está a fazer um excelente trabalho. Dentro de pouco tempo terá uma máquina incrível nas suas mãos! Fantástico… Ser pai é mais ou menos isto. Um trabalho de amor e dedicação com o objectivo de um dia poder olhar para os seus filhos e pensar: “Epá… Que coisa espectacular que eu fiz. Sou mesmo muita bom!”

E pronto, por hoje ficamos por aqui. Hoje há pouca parvoíce e muito sentimento, hoje estou embevecido por este fantástico sentimento que é o amor. (Por isso e porque prometi à minha esposa que hoje a crónica seria fofinha. Até porque ao fim ao cabo um dia a miúda vai acabar por ler isto e não queremos que me fique a odiar…)

“Ai! Ai! Pai Sofre! (Mas não é sempre.)”