Acordar do pesadelo

Quatro anos depois, chegou a hora. Chegou a hora de acordar deste pesadelo de governação PSD/CDS. Chegou a hora, o momento de demitir o governo PSD/CDS das suas funções. Para que isso aconteça, o voto de cada um de nós é essencial, pois determina o castigo na medida justa a aplicar a um governo contrário aos interesses do país. Passos Coelho e Portas conduziram o país a níveis históricos de pobreza, emigração e deterioração de serviços públicos.

A direita no governo controla grande parte dos painéis de comentadores, conseguindo assim manipular a opinião pública. Aliás, as próprias sondagens estão convenientemente ajustadas a determinados interesses: levar a que cada indeciso vote útil, ou seja, preferencialmente no PàF (PSD/CDS) ou PS. Não devemos acreditar em sondagens que colocam PSD/CDS e PS taco a taco, pois essa tendência influencia decisivamente o voto dos indecisos, o voto daqueles que não querem “vender” o seu voto a qualquer preço. Pois, para estes votantes, uma mensagem: não “vendam” o voto, votem em quem exige melhores salários, menos austeridade, mais e melhor emprego, melhores serviços públicos, mais apoio às micro e pequenas empresas e plena sustentabilidade da segurança social.

Só uma direita obstinada como a que temos no Portugal dos dias de hoje pode invocar questões que apenas dizem respeito ao foro judicial, para assim redigir a sua (má) lista de “obra feita”. Só uma direita destruturada dos seus fundamentos democráticos se pode orgulhar da redução do desemprego, esquecendo-se dos 500 mil emigrantes que ajudam a reduzir a taxa de desemprego, “maquilhada” pelos mais de 200 mil inactivos e outros tantos inscritos para formação. Este governo sempre usou a trapaça dos números do desemprego e dos indicadores económicos para fazer valer a sua política pró-austeridade e contra o cidadão.

Só um país de braços caídos perante o implacável governo PSD/CDS pode continuar a admitir mantê-lo no poder. Depende de nós contrariar isso mesmo. Por isso, não façamos parte do “bolo” da abstenção a 4 de Outubro. Lembremo-nos destes últimos 4 anos malfadados com governação das responsabilidade PSD/CDS. Muda-se o nome, mas não as políticas: PàF é PSD/CDS, e é mais do mesmo.