As mulheres estão a ficar mais fofinhas! (Ou então é um plano diabólico para dominar a raça masculina…)

Olá, leitor. Hoje vou principiar esta crónica demonstrando o meu estado de espírito: raios partam esta porcaria toda mais ó caraças, pá! Estou revoltado. Sinto-me usado e, por essa mesmíssima razão, estou chateado. Estou revoltado com o mundo. Estou deveras aborrecido com a vida. Estou piurso comigo mesmo. E estou muito irritado com as mulheres. Mas, principalmente, estou mesmo muito chateado comigo mesmo. E por uma simples razão: eu tenho caminhado completamente cego pelo mundo, caro leitor. Eu tenho sido alvo de um domínio absoluto, e nem tinha dado conta de tal facto.

Como uma espécie de feitiço ou bruxedo, eu tenho sido dominado durante todos os fins-de-semana da minha vida, e nem tinha dado conta de tal. Pensava eu que estava apenas a cumprir com a minha obrigação de namorado, mas afinal parece que tenho ainda muito a aprender no que toca a lidar com as mulheres. O leitor quer saber o porquê de eu estar tão revoltado com as mulheres? Simples: porque elas estão a ficar cada vez mais fofinhas. E a “fofisse” delas está a dominar o mundo do homens, sem que a raça masculina se aperceba disso.

“Mas que raio estás para aí a falar?”, pergunta a leitora que está sentada ao computador a ver os saldos da Zara, ou as promoções de verão da Primark. Estou a falar da “fofisse” que as mulheres usam para dominar os homens.

“Mas que raio de ‘fofisse’ é essa, rapaz?”, pergunta a leitora que está, neste preciso momento, a trocar SMS´s com o namorado, usando a “fofisse” como arma para que o desgraçado do homem a leve a passear ao centro comercial. A “fofisse” a que me refiro respeita ao facto de as mulheres, sempre que querem convencer a cara-metade a ir até ao centro comercial para elas vasculharem todas as lojas 2 ou 3 vezes sem comprar nada, usarem como arma os diminutivos. E porquê os diminutivos? Porque os homens estão cada vez mais sensíveis, e não resistem a um bom diminutivo (eu incluído…). E elas sabem disso. E sabem usá-lo como ninguém…

Ora repare, o caro leitor, como a força de um diminutivo pode ultrapassar qualquer obstáculo. Se a mulher abeirar-se do namorado e disser “Amor, temos de ir ao centro comercial, que eu tenho de passar horas e mais horas de volta das lojas, sem comprar nada, apenas para ver como andam as modas e os saldos!”, é óbvio que o namorado ganha imediatamente uma certa força interior para ripostar com um “Tu deves é estar doida! Nem pensar nisso é bom! Livra-te!”. Mas, se a mulher abeirar-se do namorado e disser “Amorzinho da minha vida… Olha, eu preciso mesmo de ir ao centro comercial ver umas lojinhas, e ver como andam os salditos e tal…”, é óbvio que o namorado já não vai sentir uma força interior a apoderar-se de si pronta para disparar uma valente negação. Não, o namorado interioriza aquelas palavras e, em vez de uma força interior, é antes a parte mais sensível do homem que vem ao de cima. E porquê? Por causa dos diminutivos que a sua namorada acabou de usar. O “amorzinho”, o “lojinhas”, o “salditos” são diminutivos que derrotam o homem. Desbravam a masculinidade do homem, e extraem a parte mais sensível que pode existir na raça masculina. E nós, homens, acabamos por ceder.

Mas, se o plano do uso do diminutivo não funcionar na perfeição, então a mulher saca do trunfo e usa o “Vá lá amorzinho… Olha, tu podes ir ver as lojas dos jogos ou dos telemóveis, tablets e todas essas coisas inúteis que vocês, homens, tanto gostam de perder tempo a ver… enquanto eu vou ver das minhas coisinhas. Ok, amorzinho fofinho da minha vida?”, e o homem cai na esparrela. Porquê? Porque, para além de nos dar a liberdade de vaguear pelo centro comercial completamente sozinhos, podendo assim “lavar as vistas” e perder tempo a ver tablets, smartphones e outros aparelhos electrónicos, também não temos de andar atrás delas quem nem uns cachorrinhos abandonados. Mas o que acaba por acontecer é totalmente o contrário. Em vez de os homens terem “ordem de soltura” para andarem à vontade são, ao invés disso, obrigados a andarem atrás delas quem nem uns cachorrinhos abandonados, com a seguinte desculpa: “Morzinho, tens de vir comigo para me dares a tua opinião!” Como se nós, homens, percebêssemos alguma coisas de saias, vestidos ou sapatos. Para nós, tudo lhes fica bem se isso significar abandonar o centro comercial o mais rápido possível…

Mas eu finalmente apercebi-me a tempo deste suposto “domínio” que as mulheres têm sobre os homens, usando a sua capacidade criativa para proferir diminutivos à bruta, para assim conseguirem chegar à parte mais sensível de um homem. E se elas podem fazer isso connosco, por que raio não podemos nós fazê-lo igualmente com elas… Então, uma noite destas — e após chegar a casa depois de uma jornada cansativa pelo centro comercial — decidi usar um pouco da minha “fofisse” para conseguir uma boa noite de forrobodó do bom com a minha cara-metade. Enchi-me de coragem, vasculhei na minha criatividade por alguns bons diminutivos, abeirei-me da minha namorada e proferi a seguinte frase: “Amorzinho da minha vida… Sabes que tu és a coisinha mais lindinha que eu tenho na minha vidinha, não sabes? E hoje — tirando todos os diazinhos — estás tão linda, morzinho… Tão sexy… O que achas de nós irmos até ao quartinho, saltarmos para a caminha e fazermos coisinhas boazinhas… que dão muito prazer e tal… Hum? O que achas, amorzinho?”

Ao que ela respondeu: “Porra, para me saltares para cima precisas de tanta conversa? Até parece que és gay, mais ó raio… Eu até estava a fim de forrobodó, mas agora com esses ‘morzinho’, ‘caminha’, ‘quartinho’ e ‘lindinha´ acabei por perder a vontade toda. Bah, faz-te um homem, pá… Sensivelzinho do caraças… Pfff!”

E acabei por ir dormir para o sofá…

Isto é que é uma Vida de Cão, hem…