Balanço de 2014 – Da morte do Eusébio às memórias natalícias

Sejam muito bem-vindos á última edição de 2014 do “Desnecessariamente Complicado”! E estando nós neste período de transição em que o actual ano ainda não acabou, e o próximo ainda não chegou, é aconselhável pararmos um pouco, respirarmos fundo e olharmos para trás e analisarmos tudo o que aconteceu nas nossas vidas. Já se apercebeu da quantidade de coisas que aconteceram na sua vida em 2014? Quantas pessoas novas conheceu? E quantas deixaram de fazer da sua vida? Sorriu e chorou em igual dose ou o destino revelou-se injusto? Amou e foi amado tanto quanto devia ou o amor não foi o seu forte este ano? Poderia continuar com as perguntas (e teríamos, certamente, matéria para todo um serão), mas acho que o leitor já percebeu onde quero chegar. Minhas senhoras e meus senhores, este é o derradeiro balanço de 2014!

Começo por tentar adivinhar uma parte da sua noite de 31 de Dezembro: aposto que, em algum momento da noite, vai pegar em doze passas (ou, se for esquisito como eu, em qualquer outro alimento) e pede um igual número de desejos não é? Eu sabia que ia adivinhar! Eu sei, o nível de dificuldade não era assim tão alto. Mas o que interessa é que eu adivinhei! Já agora…porque raio comemos nós passas? Não podia ser outro alimento qualquer? Eu cá voto em qualquer coisa mais doce, se não se importam. Mas centremo-nos nos desejos: por acaso recorda-se dos doze desejos que pediu a 31 de Dezembro de 2013? Pois, eu também não me recordo de todos.

E dos que me recordo confesso que não me posso queixar de falta de sorte. Eu, e os que me rodeiam, mantemos uma saúde exemplar. Tive o privilégio de voltar a contar com os que me são mais próximos por mais um ano inteirinho. Consegui concluir, com sucesso, o meu Mestrado em Comunicação. O meu clube teve um ano de sonho e conquistou todos as competições internas. E, mais importante que tudo o resto, encontrei a mulher da minha vida. E um ano onde encontramos a pessoa que queremos que nos acompanhe, para sempre, tem de ser um ano para recordar por muitos e bons anos!

Ora para que este ano não lhe aconteça o mesmo e se esqueça, de vez, dos 12 desejos proponho uma de duas soluções: ou pensa antecipadamente nos desejos e toma logo nota deles ou então à medida que os for debitando mentalmente tome nota dos mesmos no telemóvel/tablet. Desta forma terá sempre a noção do que ambiciona para o seu futuro e do quanto a sua vida mudou quando, no final do próximo ano, estiver novamente a preparar a chegada de 2016.

E 2014 foi mais um grande ano para o Mais Opinião. Continuámos a crescer e a chegar a mais leitores espalhados pelo país e pelo mundo. Demos as boas-vindas a novos cronistas que provaram o seu talento e que vieram aumentar ainda mais a qualidade desta equipa. Estreitámos ainda mais os laços que nos unem e que nos tornam, sem sombra de dúvida, numa equipa completamente imbatível. Pode não acreditar mas esta é uma verdadeira família. Claro que, como qualquer família, temos as nossas desavenças, e nem sempre concordamos. Mas por maiores que sejam as discórdias nada é capaz de separar a família Mais Opinião!

Decidi ir aos meus arquivos e fazer uma pequena retrospectiva das minhas crónicas de 2014. Assim de repente fui capaz de me lembrar de várias dezenas de crónicas. Tive saudades dos momentos em que as escrevi, e do prazer que isso me deu, e foi com surpresa que redescobri tantas outras esquecidas num qualquer recanto obscuro da minha mente. E foi então que comecei a fazer contas: analisei todas as crónicas, uma a uma, e fiz contas. Juntando todas as crónicas deste ano (exceptuando esta, por razões óbvias) os números são impressionantes: escrevi 125 páginas; 4036 linhas; 705 parágrafos; 51,181 palavras; 247,017 caracteres (sem contar com os espaços) e 298,092 caracteres contando com os espaços. Falei de tudo: da morte do meu ídolo Eusébio à Teoria da Pixar de John Negroni, da minha vida académica à odisseia envolvendo um Game Boy Color, das eleições europeias à minha Feira de Maio, a minha Azambuja e o meu Ribatejo, da smiló-dependência mas também da amizade eterna, do meu bairro Socasa mas também da serenata que a Tum’Acanénica me fez. Enfim, foram 48 crónicas (incluindo a Crónica Especial de Natal) que fizeram rir e chorar abordando não só a actualidade como trivialidades que não lembrariam nem ao Menino Jesus.

E no final de mais um ano devo um agradecimento especial a todos vós, leitores, que semana após semana lêem, comentam e partilham as minhas crónicas (e a dos meus colegas cronistas, obviamente). Escrevo por prazer, mas é sempre bom saber que somos lidos, comentados e partilhados. E graças a todos vós algumas das minhas crónicas chegaram muito mais longe do que eu alguma vez poderia imaginar. Todos os agradecimentos serão poucos para compensar a força, energia e alento que me dão, dia após dia. Para o ano que se avizinha deixo-lhe uma recomendação: leia todos os restantes cronistas, sem excepções. São talentosos, dedicados, engraçados e trabalham todas as semanas só para si. Dê-lhes a atenção que eles merecem e prometo que não ficará desiludido!

Este foi um ano especial: vivi sentimentos e emoções que julgava que nunca iam acontecer; amei, e fui amado, em iguais doses; partilhei momentos inesquecíveis com amigos e familiares, entre tantos outros factos dignos de destaque. Quanto a 2015 espero que seja tão bom, ou quem sabe melhor, do que foi 2014. Alguns dos meus desejos, no dia 31 de Dezembro, permanecerão intactos. Afinal de contas o que temos de mais importante na vida não tem preço.

Se for supersticioso entre em 2015 com o pé direito. Se não for…olhe, entre de qualquer maneira, pode ser que ajude! Ah Ah Ah

Boas saídas de 2014 e, mais importante do que isso, boas entradas em 2015.
Boa semana.
Boas leituras.