Contra os “alemões” marchar, marchar!

Na passada Quinta-feira começou a prova desportiva mais importante do mundo e o pesadelo de todas as namoradas do universo. O Mundial de 2014, a “Copa da desgraça”, como foi apelidada pelos brasileiros, teve inicio dia 12 de Junho e promete vir abalar o Verão de todos os aficcionados pelo desporto rei e mesmo daqueles que não gostam, mas que, nestas alturas, não conseguem ficar afastados da televisão. Mais importante do que isso, esta Segunda-feira entra em campo a seleção das quinas, o nosso país.

No dia 16 de Junho de 2014, Portugal volta a entrar em campo 4 anos depois da última vez que o fez na África do Sul. Desta feita Portugal vai defrontar a Alemanha num jogo a contar para o grupo G. Hoje, mais do que um jogo, é o jogo. O jogo em que o nosso pequeno país à beira-mar plantado volta a acreditar. O jogo que voltará a unir um país devastado pela crise. O jogo que fará com que todas as famílias se juntem em frente à televisão – não para comparar o Raul Meireles com António Variações, claro – e, todos juntos, torçam por Portugal. É nestes momentos que se esquece tudo e em que do bigode ao tremoço, da bandeira ao cachecol se puxa do mais profundo patriotismo e se grita por um país.

Por mais que se negue, é uma história que está em jogo, um nome, mais de 10 milhões. É tudo isso que se espera que esteja na cabeça dos 11 que entrarão em campo e procurarão dignificar o nosso símbolo. O jogo em si não vai ser fácil. Enfrentaremos uma Alemanha que sabe que nada tem a provar e que o seu estatuto de favorito lhe confere um à-vontade e uma frieza tipicamente germânica. Nem o problema de lesões que os tem assombrado nas últimas semanas fará com que se retraíam, muito pelo contrário, fará com que se galvanizem ainda mais e que procurem fazer o que não fazem desde 1990  e aquilo que nunca fizeram enquanto Alemanha, ou seja, sagrarem-se campeões do mundo.

A história não joga a nosso favor. Já não vencemos os alemães há mais de 10 anos e no último Europeu, em 2012, perdemos com a “Mannschaft” na fase de grupos. Porém nada disso conta. É uma nova competição, há uma nova ambição e há um grupo coeso com fome de vitórias. O que conta é que às 13h em Salvador da Bahia, quem entrar em campo se lembre do que tem às costas, do traz ao peito e do que transporta nos pés. Seja com Hugo Almeida, Postiga ou Éder, o que interessa é que não se falhem golos “cantados”, que se criem jogadas perigosas e sobretudo, que se marquem golos. Como se cantava aos sete ventos em 2004, são precisos menos “ais” e mais gritos de euforia, é isso que se quer, é isso que se espera.

Quando o texto for publicado o resultado final  já será uma certeza. Não faço prognósticos, a única certeza que tenho é a confiança. Confiança de que em campo o PIB não joga, e que,  como tal, só teremos de mostrar a Angela Merkel que de auxilio financeiro precisarão eles para curar a depressão. Que no quente dia de Junho, o camelo esteja certo e que a vitória seja um refrescante presente para cada português espalhado pelo mundo. Força Portugal!