Crónicas Minhas – Lealdade

Actualmente, a lealdade, no verdadeiro sentido da palavra já é como era. Antigamente, o acto de jurar lealdade era sinónimo de garantir fidelidade, seja ela uma fidelidade ao rei, fidelidade ao país, fidelidade a uma religião… Mas actualmente, nem a fidelidade ao casamento é garantida. Aliás, a única fidelidade que é praticamente garantida é um contrato de fidelização de serviços.
Com o número cada vez mais crescente da corrupção em Portugal, podemos facilmente deduzir que ao inverso, a lealdade está a diminuir.
Os juramentos de honra profissional já não servem de muito nos dias que correm, pois a lealdade juradas aos valores de honra já a algum tempo que se foram. Hoje em dia, para se encontrar um polícia ou um juiz leal, é necessário esmiuçar a escumalha corrupta. A única lealdade dos corruptos é a fidelidade e o interesse nos seus próprios benefícios. Alguns dos ditos desleais, são apenas leais a uns favores ou a presuntos.
De facto, no inicio da crónica cometi um erro imperdoável, posso até dizer que julguei o livro pela capa e generalizei a falta de lealdade a toda a gente, o que acontece é que todas as pessoas são leais, o que muda são os valores aos quais cada um presta lealdade.

Crónica de Teresa Isabel Silva
Crónicas Minhas