Dominar a mente, cuidar do corpo, alimentar a alma! (2) – Patrícia Marques

 

No artigo anterior, falou-se do cuidado para com o corpo e da necessidade de existir por parte do ser humano, uma motivação intrínseca, aliada à autorresponsabilidade, no que diz respeito à importância de uma Alimentação Viva e Exercício Físico, contemplando deste modo o Ritual da Fisicalidade. Para além destes aspetos, o «respirar adequadamente» torna-se imprescindível; ao longo de 15 a 30 minutos, deve-se de parar e tranquilamente, respirar calma e profundamente. Este aspeto é fundamental e precioso para quem já teve crises do tipo ansioso ou ataques de pânico. O domínio da mente passa por treiná-la, assim como o cuidado com o corpo. A quietude, o silêncio, podem levar a mente a silenciar e expandir todo o seu potencial. Robin Sharma (ao falar dos hábitos dos sábios de Sivana), explicara toda a importância de assistir ao nosso templo interior (a mente, o coração). Parar, num lugar que transmita tranquilidade, harmonia e conforto interior; parar sobre uma imagem bonita capaz de suavizar uma alma inquieta; parar, colocando a mão no teu coração e dizer, como que um mantra: «Renuncio, só por hoje, ao meu sentir de stress».

A quietude e o silêncio parecem num primeiro parecer coisas que realizámos todos os dias, contudo, parar realmente, com quietude e em verdadeiro silêncio, implica um saber estar assim…em constante expansão mental e espiritual, praticando o kaizen, conhecido na filosofia japonesa como o constante aperfeiçoamento, auto melhoramento, harmonia interior e condição suprema de saúde. Começa-se por todos os dias, encontrar um tempo para praticar este silêncio incomum; se assim for, encontrar-se-á ao fim de alguns dias hábitos que nos parecem positivos, saudáveis. São estes hábitos que nos permitem aceder a outras dimensões do nosso Eu supremo que ainda estão inexploradas, nos incutindo por isso a um autoconhecimento cada vez mais profundo e interior. O resultado? O conhecimento do teu poder pessoal.

A técnica do «Coração da Rosa», é uma técnica explorada para fortalecer a disciplina da mente assim como exercitar o poder da concentração, naquilo que realmente nos queremos focar, no aqui e agora. Ao longo de 21 dias, no lugar de conforto escolhido para silenciar, tomar a atitude de quietude, respirar tranquila e profundamente, e…contemplar uma rosa fresca, branca. Como na nossa vida, a rosa também apresenta espinhos. Ao contemplar primeiramente o centro da rosa, focamo-nos no verde, fresco, caminhando até ao seu coração; viajámos até ao regozijar da rosa, até à sua expansão. A nossa mente, encontra-se única e exclusivamente disciplinada para nos concentrarmos naquela rosa, em todas as células que ela apresenta, no seu vigor, na sua frescura, no seu viver no nosso lugar de conforto e quietude, no nosso lugar «sagrado», no nosso silêncio e harmonia interior. Esta é uma das muitas técnicas para melhorar o poder da concentração pessoal. As diversidades e a panóplia de problemas, tarefas e atividades diárias não nos permitem parar; sabendo nós que este «parar» é muitas vezes o imprescindível para dominar a nossa mente e aprender a escutar nosso interior. A vida considerada como um Todo objetivo deve de ser derivada em pequeninas metas que em nosso Todo objetivo significam pequenas paragens para cumprir e tornar a grande meta cheia de significado.

Crónica de Patrícia Marques
Um lugar ao Sol
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