Guerra de uma vida

Não quero assustar ninguém com este título. É apenas uma metáfora.

Eu comparo a vida a uma guerra. Guerra essa feita de várias batalhas, de diferente importância. Cada batalha corresponde a um objectivo que pretendemos alcançar, seja ele apenas uma pequena futilidade (reunir condições para comprar um objecto novo, por exemplo, um relógio) ou os por muitos chamados de “objectivo de uma vida”, como frequentar um curso superior (e estabelecer-se nessa área) e/ou constituir família, dependendo dos ideais de cada um.

E, continuando na metáfora, para sobreviver a cada uma das batalhas desta guerra, não é preciso um grande exército. Bastam alguns amigos leais que antes de decidires, te ouvem e te aconselham, ajudam-te durante, mesmo que antes te tenham aconselhado a não fazeres e tenhas decidido o contrário e, no fim, te congratulam por mais uma batalha vencida (um objectivo conseguido) ou te ajudam a levantar-te se tiveres falhado e a preparar a próxima batalha.

Por isso há que nos fazer rodear de quem nos ajuda a atingir os objectivos a que nos propomos (e não de quem os faça por nós, como alguns pensam). E estar preparado para ajudá-los também a atingir os seus próprios objectivos.
Pode parecer cliché (ou chavão, de preferirem o sinónimo), mas é assim que se constrói, passo a passo, um projecto de vida.

Crónica de João Cerveira

Este autor escreve em português, logo não adoptou o novo (des)acordo ortográfico de 1990