A (in)Competência no Poder

Podemos ir-nos habituando que, até às eleições, a campanha eleitoral tomou lugar e não mais irá deixar de se fazer sentir pela opinião pública. Suceder-se-ão os casos, os não-casos, a exploração e vasculhação na vida pessoal dos políticos, princialmente os que estão ligados ao Governo e à Maioria, no entanto, assistiremos também com certeza à aparição de alguns casos de gente dos partidos da oposição. É assim infelizmente a nossa política à portuguesa. Falaremos um pouco então sobre competência no poder ou vice-versa.

Enquanto as entidades e instituições internacionais vão alertando para a necessidade de não se abradarem com as reformas estruturais, quando o próprio Presidente da República alerta para esse facto, parece que o país parou, para que durante 6 ou 7 meses, uns e outros se guerreiem em praça pública, para que jornalismo simpatizante de um e de outro lado ou não simpatizante de qualquer dos lados, continue a criar casos e trazê-los para a praça pública, os funcionários públicos pagos pelos impostos de todos os cidadãos ativos continuem a vasculhar nas evetuais falhas fiscais de caras conhecidas – apesar de isso constituir um crime de violação de dados pessoais – para ajudarem os seus partidos simpatizantes ou para venderem essas informações a alguma comunicação social menos escrupulosa.

Tudo vale, quando a questão é lutar pelo poder.

Mas isso não se verifica apenas no poder político. Também se passa nas empresas. Onde se encontram pessoas com ânsia de poder, mesmo que o não mereçam, mesmo que não possuam qualquer tipo de perfil para liderarem, alguns tentam, por todas as vias que conseguirem implementar, tentar ludibriar patrões, diretores ou chefes, com vista a alcaçarem mais poder. Muitas das vezes essas pessoas não são as mais capazes – no sentido de “competentes” – apenas são as mais capazes de mentir, de manipular, de ludibriar outros, que nas barbas deles próprios, cegos com terceiras vias ou intenções, muitas das vezes não conseguem ver o que está à sua frente. Daí, ocorrem conflitos, processos de desmotivação, muitas vezes depressões originadas por “pressões”; isto conduz a improdutividade, falta de assiduidade, falta de pontualidade, eventualmente baixas médicas ou até despedimentos… mas quase nunca dos culpados, mas quase sempre dos mais pequenos…

Bem parece que estamos a repetir a conversa certo?

Estarmos a falar da luta pelo poder no Estado ou da luta pelo poder em Empresas parece a mesma coisa…

Pois é!

É que geralmente as pessoas mais competentes, os líderes, os empreendedores, aqueles que sabem orientar em vez de mandar, que sabem conduzir em vez de mandar fazer, aqueles que trabalham e vivem de forma honesta, são os mesmos de quem raramente se fala, são aquelas formiguinhas que fazem crescer as exportações, que não deixam o país ir abaixo, que lutam até à exaustão, que sabem valorizar os seus ativos, que sabem motivar os seus recursos humanos, que lhes sabem dar oportunidades. Esses são geralmente os desconhecidos, os incógnitos, os mais humildes, que não procuram a fama, mas a evolução e o bem estar para todos quantos o/a rodeiam.

Se é tão difícil gorvernar este país, então por que tantos querem chegar ao poder?