Modas parvas

Os jovens ou estão cada vez mais estúpidos ou há algo que lhes está a afectar o juízo! E tenho dito!

Pois que, depois do jogo da colher de canela, dos saltos de varandas para as piscinas ou mesmo das selfies (ou lá como lhes chamavam) em locais altos e perigosos e até na horizontal (isto só mencionando o que me lembro!), existe mais uma moda, um jogo, e que para variar (ou não) é parvo e estúpido.

Agora a moda é o jogo das 72h. Em que consiste este jogo? Simples, estar desaparecido durante as ditas 72 horas sem dizer nada a ninguém, família ou amigos, e sem levar telemóvel ou coisa que o valha para estar mesmo contactável. Objectivo? O mais parvo possível, ter o máximo de partilhas nas redes sociais do seu desaparecimento penso eu.

Mas será que esta gente não pensa? Desaparecer durante um tempo (seja o que for) sem dizer nada a ninguém, deixando toda a gente preocupada, sem saber o que se passa/passou (e muitas vezes pensando o pior) para depois o menino ou a menina voltar feliz e contente para a sua vidinha e contabilizar se teve ou não muitas partilhas. Estão mesmo parvos?

Este “jogo”, dizem, está a ser popular lá para terras de Sua Majestade e na Irlanda também, mais neste último até. Apenas para serem populares – pelo menos é assim que eu vejo. Esquecem-se é dos meios (sejam financeiros ou de recursos humanos fora voluntários que acredito que aconteça) dispensados, pensando que é algo sério, na procura e tentativa de localização dos jovens que desaparecem. Fora a tal preocupação de familiares e amigos.

Não sei se é da própria geração, se é dos tempoas, sei lá o que é. Contudo estes jovens parecem tudo menos conscientes dos actos que praticam. Só olham para eles próprios. A fama, a popularidade, o ser melhor que o outro, sem olhar a meios para atingir esse fim. Crescem em altura, a idade vai aumentando, só que a maturidade não. Deve ter ficado pelo caminho. E eu devo estar a ficar velha. Fora de moda.

Aos jovens peço que pensem nos outros também. Para quê deixar o outro preocupado só porque lhe apetece? Deixem-se de modas parvas. E ridículas. E estúpidas. E parvas. Cresçam e apareçam, para o bem de todos.