Não tenho…vai à pesca!

Numa destas tardes de sábado, em que a chuva voltou a cair, e que por muito que a gente faça o tempo parece não querer passar, o meu filho pediu-me para jogar ao peixinho/pesca!

Sorri…

Pensei!

Como seria possível ao fim de todos estes anos o jogo da pesca ou do peixinho ainda conseguir sobreviver!

Sinceramente com todos os jogos de Playstation e para telemóvel, julguei não ser possível.

Lembro-me de o ter jogado muitas vezes, com os meus irmãos, primos, amigos, preenchendo os serões de muitas tardes e tantas outras vezes na praia, à hora do lanche.

Regras simples, cinco cartas para cada um, o restante baralho espalhado no meio da mesa, na areia, fosse onde fosse.

O objectivo, juntar quatro cartas iguais para fazer um peixinho, pedíamos uma carta que tivéssemos ao adversário e ele se a/as tivesse era “obrigado” a dar-nos essa ou essas cartas, senão mandava-nos ir à pesca! Ganhava quem no fim tivesse mais peixinhos.

Confesso, fiz muita batota, desde dizer que não tinha as cartas que me eram pedidas ou então pedir cartas que não tinha!

Não, de certeza que não fui só eu. (vocês também fizeram que eu sei!)

Mas isso dava vida ao jogo, dava-lhe graça, e muitas vezes zangas, daquelas que acabavam em choradeira birrenta, de quem é inocente!

Nessa altura, ao contrário de hoje, nós matávamos o tempo, assim dessa forma tão simples e ao mesmo tempo tão divertida.

Mas há esperança…

Que o jogo do peixinho sobreviva…

Quanto mais não seja, numa tarde chuvosa de um sábado qualquer!

Não se esqueçam de recordar e sonhar, porque a vida é feita de sonhos!

N.R.: Este autor escreve em Português, Língua de Camões, Pessoa, entre outros! Isto é um facto e não um fato! Por isso não escreve segundo o novo acordo ortográfico!