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Nas Autárquicas, a caminho das Legislativas

À entrada da semana decisiva na campanha para as eleições Autárquicas do próximo dia um, convido os leitores a refletir sobre se merecerão continuar a desempenhar funções quotidianas de responsabilidade, com implicações diretas na qualidade de vida dos munícipes, autarcas de cuja competência, ao longo dos anos, possamos ter ficado com dúvidas.

Do que não restam dúvidas é de que a Escola EB 2/3 dos Pombais (Sede do agrupamento D. Dinis) em Odivelas, continua carecida da construção de um pavilhão polidesportivo. Pergunto por que razão para a construção do pavilhão foi escolhida a Esc. António Gedeão, situada a poucas dezenas de metros da Esc. EB 2/3 dos Pombais, em Odivelas, se esta é que é a escola sede do desporto escolar que abrange três concelhos, nomeadamente os de Odivelas, Loures e Vila Franca de Xira.

Poderá não ser o caso, mas da suspeita de que algo possa não estar certo, já poderão não se livrar as pessoas envolvidas em certas tomadas de decisão. Ao que parece, dando credibilidade às notícias a respeito de algumas obras que nos últimos anos foram adjudicadas, há, além do futebol, forças ocultas cuja existência nem um consagrado bruxo guineense se fosse interrogado na televisão saberia explicar.

Outro facto a respeito do qual não temos dúvidas, é de que faz-se de forma sinuosa o caminho para a Esc. EB 2/3 dos Pombais (Odivelas), frequentada diariamente por centenas de alunos, funcionários, professores e encarregados de Educação. Ao longo de um trajeto tortuoso, em pontos sensíveis da estrada, nos locais de atravessamento, há uma ausência total de passadeiras destinadas aos peões, e não me refiro àquelas de pano de que nos servimos para esfregar os pés. Enrolados nelas, parece que vivem alguns políticos de pés e mãos atados para resolver os problemas.

A estrada é estreita e oferece perigo permanente, tanto aos condutores dos veículos ligeiros e pesados que circulam em ambos os sentidos, como aos transeuntes, que por falta de passeio nalgumas zonas são forçados a pisar o alcatrão.

Quanto aos casebres que se veem na berma, são para manter. Creio que fazem parte da tradição histórica do concelho e por isso são mantidos na sua traça original.

Já o ribeiro adjacente à Escola, a julgar pelas imagens, deve ser para onde desaguam todas as canas e caniços dos cursos de água do distrito de Lisboa. Depois quando chove não se queixem das inundações. E não é por cair muita água, é por ela não poder ser convenientemente escoada.

De caso em caso, assentamos praça no futebol. Num polémico negócio de cedência de terrenos, remeto para a página oficial do Odivelas Futebol Clube na Internet, a leitura do comunicado feito pela direção aos sócios e ao público em geral, no que respeita à tentativa de extinção de uma coletividade que, contrariamente ao desejo manifestado por muitos, continua viva:

http://odivelasfc.com/sitev6/2017/05/24/comunicado-aos-socios-do-odivelas-fc/

Na qualidade de eleitores, se têm dúvidas a respeito da competência ou seriedade de alguém, aconselho a darem oportunidade a outro candidato. Saiam do armário, que é como quem diz: sem violar os limites do respeito, digam o que pensam! Não partilhem ideias preconcebidas, imagem de marca das pessoas que se sentiriam confortáveis no meio das ovelhas e não alinhem de modo a que, visto à distância, se possa confundir um conjunto de pessoas com o nome coletivo dado àquele animal.

No meio disto tudo, só há uma coisa que me irrita mais do que sapatos com atacadores: é haver pessoas formatadas, com receio de darem uma opinião fundamentada a respeito de assuntos que são do seu interesse, como se de seguida, perante um júri formado por membros saídos da Inquisição, tivessem de explicar como é que lá tinham chegado.

Caros leitores, votem, mas votem em consciência e não somente baseados na aparência dos candidatos! Exerçam os vossos direitos, em resposta ao encerramento de infraestruturas de apoio à população, tais como agências bancárias e balcões dos CTT, por exemplo, e às tentativas dos negócios escusos, como seria o de privatização do fornecimento da água, que talvez só fosse rentável para quem, no interesse superior dos seus munícipes, só parece pensar de quatro em quatro anos, e, por ironia do destino, logo calha precisamente na véspera de cada ato eleitoral.