PROXENETA: UMA PROFISSÃO DE FUTURO?

Há uns tempos atrás, elaborei uma crónica toda supimpa sobre as mulheres que fazem da profissão mais antiga do mundo, a sua própria profissão. Há quem afirme que não se trata de uma profissão, mas sim de pura e simples diversão. Mas, na minha mais sincera opinião, trata-se das duas coisas. Se por um lado as mulheres podem usufruir de sexo diariamente, por outro ainda retiram dividendos disso – o que não deixa de ser totalmente mau. Ah, esperem… tirando todo o tipo de bestas que têm de enfrentar diariamente, obviamente. Isso sim, é deveras bera.

Senti que, se tinha já abordado o tema das prostitutas, por que não abordar agora o dos proxenetas? Se uma coisa está directamente ligada à outra, então já merece uma pequena deliberação acerca do conceito de se ser um proxeneta. E se assim o senti, assim decidi avançar e pesquisar um pouco acerca do proxenetismo. E, para isso, utilizei o melhor compêndio virtual que existe, a Wikipédia. Ora vamos lá desbravar o que diz a Wikipédia.

Segundo a Wikipédia, o proxeneta: “é vulgarmente conhecido por cafetão no brasil, e chulo em Portugal.”

Alto! Começamos em beleza. Mas que raio de nome tinham os brasileiros de inventar para o proxeneta. Cafetão? Será que está, de alguma forma, relacionado com café? Do género, “Ó filha, sei que estás farta de laborar hoje que nem uma doida, então, sendo eu um bom proxeneta que sabe como tratar das suas meninas, decidi trazer-te um cafezinho, para ver se arrebitas e trabalhas mais umas horas.” Acho que é uma teoria parva. Por isso, proponho que o leitor esqueça o que acabei de escrever.

Seguindo o que diz a Wikipédia, o proxeneta: “é alguém que pratica o proxenetismo, ou seja, procura e administra clientes para uma prostituta.”

Ah, então o trabalho dele é procurar clientes para as suas prostitutas. Isso quer dizer que, o proxeneta, anda vestido de fato e gravata, fuma toneladas de cigarros, e faz-se transportar de carro comercial branco (geralmente, um Opel Corsa, ou um Renault Clio), à procura de angariar clientes para as prostitutas que representa. Isso não me soa a proxeneta, mas sim a vendedor comercial. A este ritmo, qualquer dia a folhear um jornal, na secção de emprego pode-se muito bem encontrar um anúncio a pedir “Comerciais para angariar clientes para rede de prostituição.” Nunca se sabe. Avancemos.

Continuando a desbravar a Wikipédia: “Um proxeneta também costuma oferecer protecção às suas prostitutas, de outros proxenetas, prostitutas rivais ou de clientes abusivos.”

Ora, sendo assim, parece que a teoria do “vendedor comercial” cai por terra, e o proxeneta é mais um segurança privado, que outra coisa. Só por isso, o proxenetismo deveria ser considerado uma profissão de risco, certo? E não me refiro ao facto de ter de lidar com outros proxenetas ou clientes abusivos, mas sim, a ter de lidar com as prostitutas rivais. Ora, toda a gente sabe que meter-se no meio de uma rixa entre duas mulheres é das coisas mais perigosas que existe. Porquê? Porque elas têm, normalmente, unhas muito compridas…

E para finalizar, a Wikipédia diz: “O relacionamento entre o cafetão (chulo!) e a prostituta, pode ser abusivo e até mesmo violento, com o proxeneta frequentemente fazendo o uso da manipulação, intimidação psicológica, e força física para controlar os membros do seu «rebanho».”

Ena, que isto não podia acabar de melhor forma. Então, segundo esta descrição de como pode ser o relacionamento entre o proxeneta e a prostituta, fiquei claramente com a ideia de que se estava a falar de um pastor de uma qualquer igreja universal do reino de deus. Ok, tirando a parte de ser abusivo e até mesmo violento, o resto encaixa perfeitamente no perfil. Ora, que um pastor de uma igreja universal de deus utiliza a manipulação, para controlar o seu rebanho, é certo e sabido. Intimidação psicológica? Idem idem, aspas, aspas. E a força física, é por demais óbvio. Ora, quando se assiste a uma exorcização numa igreja universal de deus, é óbvio que a pessoa que está a ser exorcizada, está a ser alvo de uma violência por parte do pastor, ou de alguém próximo. Senão, não desatava aos gritos, saltos e toda uma panóplia de acrobacias físicas, capaz de envergonhar um acrobata do Cirque du Soleil.

Mas, no final, acho que o Proxenetismo é uma profissão de futuro. Pois com a crise que há por aí, elementos para se constituir um “rebanho”, não faltarão…

Até para a semana, malta catita…