Queres ganhar dinheiro… “me too”!

Uma das coisas que temos que perceber no ser-humano é que nós não nunca recusamos dinheiro, e se for dinheiro fácil, dinheiro proveniente duma actividade que não comporta trabalho, melhor ainda.

Após percebermos esse pequeno apontamento de psicologia humana, podemos compreender melhor o mundo que nos rodeia, mundo esse que está cada vez mais parvo e politicamente correcto. Pois bem, este que vos escreve, o parvo que vos escreve umas coisas que ninguém lê, irá fazer uma análise de compreensão bem fácil do movimento chamado de “me too” e a sua utilização.

Primeiro que tudo, e antes que o histerismo que nos corrói a alma vos impulsione num regurgitar de insultos de machista para baixo, confesso-vos que o movimento chamado de “me too” teve na sua base propósitos nobres, disso não haja a mais pequena dúvida. O homem que ataca uma mulher não merece ser apelidado de tal.

Porém, e aqui é que reside o mal dos nossos dias, ser feminista, coisa que sou, não significa deixar o bom senso no bolso, não significa soltar todo o tipo de considerações histéricas.

O que me leva ao segundo ponto, existe hoje uma luta entre o bom senso e o histerismo, e para mal do progresso da humanidade está a ser ganha pelos gritos histéricos.

A ver se a gente se entende, uma investida dum homem para uma mulher é natural, mesmo que ela não a aceite, e o seu contrário também, se essa investida não for invasiva, um piropo não é uma violação, um interesse dum colega de trabalho em algo mais com a sua colega não é abuso de poder por si só. Tudo o que é preciso é bom senso, tudo pode ser assédio, tudo pode ser violação, mas também tudo pode não o ser. Cada caso é uma caso, e o contexto é importante, sob pena do histerismo dos nossos dias ganhar.

Bom senso é o que se precisa, e nesse bom senso podemos tirar algumas conclusões óbvias, marcar um contexto. Porque nem todo o acusado de assédio sexual é um violador, nem tão pouco toda a acusadora é uma santa.

Sob risco de manchar de forma indelével um movimento que se propunha a mudar mentalidades, a ajudar uma nova geração a livrar-se de comportamentos inadequados e mesmo nojentos, e transformá-lo num expediente para trocar dinheiro por reputação.

Por isso, antes de acusarmos A, B ou C, antes de chorarmos por D, E ou F, pensemos um pouco, e olhemos para as provas que nos são dadas, olhemos para o contexto, e tudo isto com bom senso.