Hands hug the family (concept)

Ser pai e ser mãe

Ser. É muito mais do que parecer.

Ser pai e ser mãe é proteger os filhos, sejam os biológicos sejam os que “arranjamos” ao longo da vida. Dar-lhes educação e condições para triunfar na vida sem lhes fazer a “papinha” toda – pelo menos assim penso que é. Não sou mãe, não sou tia, pela que a minha experiência de “protecção” de seres mais pequenos e indefesos (alguns) se resume a um ou outro primo de quem tive de tomar conta durante uma tarde ou uns dias.

Mesmo não sendo mãe, não entendo o que leva uma mãe (por muito má que esteja a vida) a entrar no mar com duas filhas tão pequenas. E continuo sem entender o que leva um casal a deixar uma filha de cinco anos sozinha numa apartamento, acabando por cair da janela, de 21º andar, e morrer. Não entendo simplesmente…

Hoje em dia há tantas opções para não ter filhos, métodos contraceptivos, gratuitos, aborto. É possível dar os filhos para adopção, deixar que familiares ou amigos tomem conta deles. Para quê ter filhos se não os querem educar, ter trabalho com eles?

E depois, por muito desesperada que uma mãe esteja (só ela sabe o que tentou fazer e porque o fez), guiar os filhos para a morte? Para quê?

Não deviam os pais proteger? Não deviam ser ajudados a proteger quando não o conseguem fazer sozinhos? E se não conseguem ajuda por um lado não deviam tentar arranjar por outro lado? Agora matar os filhos? Deixá-los sozinhos sem terem idade suficiente para tal? Mesmo que tivessem deixado a criança a dormir, ela poderia acordar e querer os pais, ela poderia assustar-se por eles não estarem lá, ela poderia ir brincar, na maneira de ver dela, com coisas que não devia como poderá ter feito e cair de 21º andar.

É triste saber destas situações, porque as crianças não têm consciência, ainda não têm maturidade para saberem discernir o bem do mal. Precisam de aprender, precisam de quem as ensine, precisam de ser protegidas de certa forma. E estes pais não o souberam fazer…