A solução para o BES

A solução encontrada para salvar os ativos, depositantes e pequenos aforradores do Banco Espírito Santo (BES), terá sido por ventura – e com o tempo se verá – a possível e a que que menos irá prejudicar o país e os contribuintes.

Felizmente que durante estes dois ou três últimos anos, algumas decisões foram tomadas ao nível da União Europeia (UE) e as suas instituições, para que novos BPN’s e outros que tais viessem a contaminar o sistema financeiro português e até europeu.

Diferentes foram as decisões, mas também os tempos em que apressada e atabalhoadamente, o anterior governo nacionalizou o referido banco.

Desta vez, monido o sistema de mais ferramentas, foi possível decidir de outra forma, apesar de o peso do BES ser substancialmente diferente aos pesos do BNP e BPP.

Todavia, através destas diferenças, conseguimos de igual forma retirar outras conclusões, que nos levam a outras consequências.

Uma diferente visão não só política, mas de economia e de justiça social foi desta vez adotada e, assim, nem as contas do estado, nem os bolsos já tão revoltos dos portugueses podem ficar tranquilos e intocáveis.

Embora o dinheiro de capitalização do Novo Banco venha essencialmente do empréstimo da Troika (que já estava anteriormente previsto), ele será apenas um empréstimo, uma vez que os acionistas do Novo Banco irão devolver ao erário público tudo o que lá for investido.

Agora, é necessário continuar a vigilância apertada e fazer de tudo para que de facto aquilo que se está a prometer ao país com esta solução venha a verificar-se, a realizar-se e este não se torne mais um episódio triste da nossa já tão abalada democracia.

É preciso criar meios para que o povo volte a acreditar nos políticos e outros responsáveis, porque a alternativa à democracia é… a ditatura! E não é isso que queremos, certamente.