Um dia de praia diferente do habitual…

Ora viva! Esta semana irei falar sobre o algo que tem apetecido (E MUITO) aos portugueses nestes últimos dias… Não, não me refiro a ver a Selecção Portuguesa ganhar um jogo em tempo regulamentar. Refiro-me sim ao calor, sol, Verão e praia!

Ir à praia é um dos meus hobbies favoritos. Se não fosse este aborrecimento que é o trabalho, eu levava a vida de papo para o ar a apanhar banhos de sol e a fazer «chap-chap» na água. Eu gosto tanto de praia que até arranjei maneira de me casar lá. E isto numa altura em que nem os famosos se casavam na praia! (Ham… Ganda pinta, não é verdade?! Ora diga lá se não ficou cheio de inveja…) Mas pronto, isso agora também não interessa para nada pois quer-me cá parecer que os meus dias de adoração pela praia já eram.

No passado domingo decidi fazer um dia de praia com a família. Acordei cedo (tipo umas 7, 8h) despachei a criança, despachei-me a mim e à minha mulher. Bom, quer dizer, ela despachou-se a ela própria mas com a minha ajuda (aka pressão) para que a coisa andasse mais rápido do que o habitual (aka 1 hora). Quando estava a fazer a mochila apercebo-me que não tínhamos protector solar para a piquena. Não podia ser! Ainda por cima logo no primeiro dia de praia. Considerei colocar-lhe o da mãe, ao fim ao cabo também era factor 50 e o Piz Buin (passo a publicidade) tem um cheiro muito agradável, mas infelizmente a senhora dona minha esposa não foi nessa… Atirei as tralhas todas para dentro de uma mochila, um lanche para nós, outro para ela, almoço para a pimpolha e siga para bingo (aka praia).

  • 9h00, lá estávamos nós, todos contentes, a caminho da farmácia para comprar um proctetor solar para a bebé. Ao chegar lá apercebi-me que a variedade de marcas era igualmente proporcional aos balúrdios que cada uma delas custava. Um porque tinha minerais, outro porque era anti alérgico, outro ainda porque dava um baldinho de praia, ou até um do fundo da prateleira porque dava uma mochila e ainda prometia proteger a 100% do cancro da pele. Fiz «ananim-ananão» e acabei por trazer aquele que a senhora da farmácia me aconselhou. (Agora que penso bem nisso, curiosamente esse até era o mais caro, mas pronto…)

Saio de lá todo contente, com a sensação de dever cumprido, e apercebo-me que tinham passado uns 40m desde a hora que lá entrei. Assim que chego ao carro encontro a criança toda transpirada, saturada de estar ali presa, e a mãe furibunda comigo porque me esqueci de deixar as chaves dentro do carro… Obaaa!!

Mas não havia tempo a perder. O “sol bonzinho” estava quase a trocar de turno com o “sol mauzão” e por isso não era hora de se estar a atribuir culpas a este ou aquele (aka, a mim). Entrego o protector à minha esposa e arranco, a toda a velocidade, enquanto ela tentava besuntar a criança sem que ficasse a parecer o Casper – O Fantasminha Brincalhão.

  • 10h20, eis que chegamos à praia. Arranjo um sitio para estacionar (algo que, por algum milagre, até foi fácil) e siga para o areal. Tínhamos exactamente 40m para usufruiu do sol até que começassem a chamar-me de negligente por ter uma bebé tão pequenina aquela hora na praia.
    Foi a loucura… Se há bebés que não gostam de areia a minha não é uma delas. Ela andava, saltava, rebolava, COMIA (sim, comia, e à bruta…), mandava areia para todo o lado e ria-se às gargalhadas. Já no que toca a água a coisa não foi bem igual… Assim que os seus minúsculos dedos dos pés tocaram no mar, ela abriu a goela e BUUUAHHHHHH! Ao mesmo tempo que nos olhava com uma cara que aparentava querer dizer as seguintes palavras: “MAS VOCÊS SÃO PARVOS, OU QUÊ?! JÁ VIRAM A TEMPERATURA QUE ESTÁ ISTO?! TIREM-ME JÁ DAQUI, Ó FAXAVOR!”
    Paciência… Voltámos para a toalha, demos-lhe o segundo pequeno almoço da manhã e sem que dessemos por isso já era meio-dia, a hora do “sol mau”. Toca a arrumar as tralhas e vamos embora.

Se eu fosse um pai convencional o dia de praia tinha terminado por aqui. (In)felizmente não sou. Saímos da praia para ir almoçar fora, dar uma volta pelas lojas, comprar um fato de banho novo para a gaiata (sim, porque acabámos por descobrimos, da pior forma, que as fraldas à prova de água não são lá grande coisa a reter chichi e cocó…) e assim que terminou o turno do “sol mauzão” lá estava novamente a família Oliveira de papo para o ar a apanhar banhos de sol e a comer areia como se não houvesse amanhã!

E ainda dizem que um pai não tem descanso na praia com uma criança…

“Ai! Ai! Pai Sofre!”