11 Canções Para Um Coração Destroçado

Amar e ser amado é das melhores coisas que temos neste mundo. Mas nem sempre as coisas correm como desejamos e o Dia dos Namorados pode ser particularmente penoso para quem ainda não encontrou a sua cara-metade, foi rejeitado ou simplesmente virou as costas ao amor.

Há que aprender a lidar com ele da mesma forma que se enfrenta um dia do(a) Pai/Mãe já sem o progenitor a seu lado, um Natal marcado pela dor da perda ou, até mesmo, um Dia da Criança sem a possibilidade de o voltar a ser.

A música, como sempre, está lá para nos ajudar. Que estas 11 canções vos possam trazer algum consolo terapêutico:

1) Avril Lavigne- “My Happy Ending”- Antes de se ter transformado na Princesa Pop Punk detestada por meio mundo, Avril Lavigne fazia canções decentes e ao segundo álbum ensinava-nos a lidar com a frustração proveniente das relações que simplesmente não dão certo. Promessas deitadas ao lixo, laços quebrados e um ror de memórias pintadas a sépia. Há sempre um novo capítulo à espreita.

2) Sam Smith- “Leave Your Lover”- Amar em segredo é complicado, não ser correspondido é terrível. É uma dor facilmente associável a que Sam Smith deu voz em 2014 e que atinge o seu pináculo no vídeo de “Leave Your Lover”, em que herculeamente nos revela a sua atracção por alguém do mesmo sexo.

3) Justin Timberlake- “Cry Me a River”- Existirão poucas formas plausíveis de lidar com uma traição. Justin Timberlake optou por escrever uma canção de enxovalhamento a Britney Spears e com isso estilhaçava a imagem de menino bonito da boysband. Normalmente fica entre quatro paredes, aqui o mundo inteiro estava a assistir. Ouch.

4) Natasha Bedingfield- “Soulmate”- A voz que nos deu canções tão luminosas quanto “Unwritten” e “These Words” também já mergulhou nas catacumbas do coração com o desolador “Soulmate”, acerca da angústia de esperarmos pela nossa cara-metade, sem saber se ela alguma vez chegará até nós. Não estaremos todos destinados ao amor, afinal?

5) Tove Lo- “Habits (Stay High)”- Diz-se que o amor é uma droga. E quando desaparece, como raio poderemos voltar a sentir tudo aquilo que nos deixava em êxtase? Para Tove Lo a solução foi mergulhar numa espiral hedonista destrutiva que atenuava por momentos o sofrimento. É na dita versão original que sentimos a dor, sem recurso a alucinogénios.

6) Bon Iver- “I Can’t Make You Love Me”- Amar é também saber deixar partir, o derradeiro acto de altruísmo que poucos saberão praticar. “I Can’t Make You Love Me”, original de 1991 de Bonnie Raitt, versa de forma pungente sobre o último sopro de uma relação que há muito esfriou. Vinte anos volvidos, Justin Vernon conseguiu torná-la ainda mais dilacerante.

7) No Doubt- “Don’t Speak”- Nunca é fácil reconhecer o fim de uma relação. Estamos a despedir-nos de um(a) melhor amigo(a), de uma história a dois e de tudo aquilo que nos deu alento enquanto durou. A negação é um refúgio, feito hino dos anos 90 por Gwen Stefani e companhia, numa das canções que continuam a ser descobertas pelas novas gerações.

8) Calum Scott- “Dancing On My Own”- Em 2010 a sueca Robyn lançou este torpedo electro que retrata a sensação maravilhosa que é encontrarmos na discoteca a nossa antiga cara-metade com uma nova paixão. Seis anos mais tarde um concorrente do Britain’s Got Talent deu-lhe uma nova roupagem, diluindo a euforia e atribuindo-lhe dolentes teclas de piano que deixam a nu o triste vazio e abandono que o original teima em esconder.

9) Sky Ferreira- “Everything Is Embarrassing”- Já todos estivemos lá. Uma atracção que desponta, resvalando para o romance, e que estupidamente acaba mesmo antes de começar. Sobra frustração e, acima de tudo, desolação pelo que poderia ter sido. Sky Ferreira retratou esse sentimento na perfeição, apoiada numa estelar construção funk/synthpop cortesia dos artífices Dev Hynes e Ariel Rechtshaid.

10) James Vincent McMorrow- “Cavalier”- No Inverno mais frio e no mais cavernoso estado de alma, lembranças de um primeiro amor trespassam o pensamento. Batemos no fundo, mas entregamo-nos à dor na companhia de um James Vincent McMorrow em etérea transição para as paisagens soul digitais de James Blake.

11) Adele- “Someone Like You”- O processo de cicatrização é lento, mas sempre chega a altura em que somos capazes de olhar para trás sem que a amargura seja o único sentimento que permanece. A reconciliação connosco mesmos é essencial para que possamos seguir em frente. Fomos felizes e seremos outra vez, basta não desistir de procurar – Adele a guiar-nos o caminho desde 2011.