2013 – um ano fantástico em perspectiva? – Pedro Nascimento

Depois de um ano claramente marcado pela consolidação do modelo de negócio indie no videojogo, possivelmente devido aos grandes lançamentos se terem cifrado maioritariamente em sequelas, chega um 2013 que, pelo menos em teoria, será um dos melhores anos de sempre da cena gamer.

Comecemos pela artilharia pesada. Todos os rumores apontam para que 2013 seja o ano de lançamento das novas meninas da Microsoft e da Sony. É de se esperar que a E3 2013, em Junho, seja à antiga, um pote efervescente de notícias entusiasmantes. A juntar a isso é provável que a Wii U apresente um alinhamento em força para competir directamente com os rivais. Além de que o mercado dos tablets vai seguramente crescer e com isso aumentar a qualidade dos jogos da plataforma. Não bastasse isto – um 1º ano de uma nova geração de consolas – a indústria ainda deixa mais água na boca com 4 estórias sumarentas. Parece expectável que a Valve anuncie finalmente o seu projecto de hardware. A independente Ouya será lançada na Primavera e os programadores, quem quiser ser, já receberam as suas plataformas de desenvolvimento. E a Apple ainda tem de clarificar se afinal entra no mercado ou não. Em periféricos, os óculos de realidade virtual Rift estão na fase final de produção sendo esperado o lançamento comercial em breve. Só em termos de maquinaria este ano parece uma revolução!

Quanto ao bem bom, os novos mundos virtuais para explorarmos, 2013 também se augura esmagador. Será um ano louco. Os blockbusters sucedem-se: DmC, um Devil May Cry de uma realidade alternativa; Bioshock Infinite, Rapture afinal é do futuro e Columbia é uma cidade voadora no início do séc. XX; Tomb Raider, Lara é rejuvenescida até às suas origens num open-world numa ilha perdida; GTA V, tipo… GTA, ok? Não não não, tipo… é GTA ok?! 3 Personagens jogáveis, o maior mapa de um jogo Rockstar e uma promessa de um multiplayer-bomba. Ah, e disse que estamos a falar de GTA? Los Santos? East Beach? Alguém? Arrisco predizer que GTA V vai vender como Call of Duty no cio. Esperem… acham pouco? Gente, só em AAA’s, tudo isto sai até Junho – sem esquecer o novo Gears of War, o novo God of War, Dead Space 3, The Last of Us, Simcity, Crysis 3, o jogo de Aliens que parece brutal, Remember Me, Lost Planet 3, Anarchy Reigns, man… até um novo Metal Gear Solid ! Isto é de loucos. Tudo isto até Junho. Porquê? Porque andam aí mágicas que nós ainda nem sabemos tipo Watchdogs. Jogos da nova geração para partirem o ano em 2. É um ano insano, até há rumores de um novo Saints Row ainda este ano… tipo, é impossível sequer nomear os títulos grandes que se esperam para 2013 – e isto, lá está, estamos a falar dos papões de mercado! Até vem aí o novo Amnesia maluco… este ano, no que toca a jogos, é de gente doida! E é que no ano que passou o jogo indie claramente consolidou a sua experiência como rival a um blockbuster. E agora, 2013? Pessoal, vai desde Quadrilateral Cowboy a The Swapper, passando pelo novo de Jonathan Blow (o geniozinho por detrás de Braid) The Witness. Mas há mais: Routine, em que se morres uma vez s’acabou; Antichamber, um Portal a la Unfinished Swan; Sir, You Are Being Hunted, o que é só um dos melhores títulos que vi nos últimos tempos; Parallax, cujas inspirações em Portal são visíveis também; Apotheon, um 2D na Grécia; Outlast, que só o trailer deixa ansioso; Hotline Miami 2!!!!!!!!; 0x10c, os produtores de Minecraft aventuram-se no espaço; e, por fim, que não posso ‘tar aqui a enumerar tudo o que me capta a atenção, um jogo que acompanho desde os primeiros desenvolvimentos em 2010, Monaco.



Sinto que é impossível deixar claro o potencial que em 2013 se impulsiona para converter o videojogo em fusões de arte e tecnologia. Mas claro, há que ser paciente e dar espaço ao futuro – sem que a expectativa tolde uma análise mais acurada daquilo que os novos jogos e as novas consolas de facto venham a oferecer. Em teoria, 2013 será fantástico. Que o vivamos!

Um L2R2 X-Δ com votos de bom ano.

PedroNascimentoLogo1Crónica de Pedro Nascimento
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