2015 – O ano da gente desnuda!

Ora viva!
Esta semana no “Graças a Dois” irei abordar um tema que, embora não seja novidade, tem vindo a ser muito “badalado” ultimamente: calendários com gente desnuda.

Mulheres nuas em calendários sempre existiram. Desde o famoso calendário da Pirelli até ao antiquíssimo calendário que existia lá na oficina do meu pai. O certo é que seios desnudos, dias de semana, e meses (talvez demasiado) ilustrativos, sempre fizeram parte da minha infância. Mas nessa altura apenas os verdadeiros profissionais de calendários o faziam. Ao contrário de hoje em dia, em que toda a gente acha que fazer calendários, em “pelota”, está dentro das suas capacidades. Quer sejam os Bombeiros Sapadores de Setúbal, as Bombeiras Voluntárias de Portel, as Socorristas da Cruz Vermelha ou até os Padres Ortodoxos Russos… Todo o mundo acha que fica bem, num poster, com um “AGOSTO” estampado no peito ou um “OUTUBRO” desenhado nas virilhas.

Eu não sei se o leitor teve acesso a estes calendários mas, se por ventura não teve, eu irei fazer o favor de partilhar consigo algumas das imagens dos ditos cujos. (E atenção, quando digo ditos cujos, falo apenas dos calendários, não de outras coisas. Não se ponha já aí todo aceso, ou acesa, neste caso, que não vai ver nada do que está para aí a pensar!)

 bombeiras bombeiros cruz vermelha padres

Então?! O que achou destas imagens?! Eu achei uma autêntica pouca-vergonha! Isto lá é gente desnuda que se apresente?! Os senhores bombeiros, tudo bem! São uns rapazotes todos musculados (ou pelo menos a maior parte deles) que está habituada a apagar muitos fogos e que são capazes até de incendiar outros tantos. Agora, as bombeiras?! Que raio de bombeiras são aquelas?! E, para além do mais, quem é que fantasia com bombeiras? Se ainda fosse uma enfermeira ou uma professora do liceu, tudo bem, agora bombeiras?! Sinceramente…
(Nota: a crónica é minha, por isso eu fantasio com quem quiser, ok?!)

Então e as Socorristas da Cruz Vermelha? O que é aquilo?! Quem é que fantasia com aquelas senhoras? Só se forem os doentes…

– “Olá Sr. Mumbaça… Aqui está a seu medicamento contra o Ébola. Folgo em saber que não faleceu ainda hoje.”
– “Uiii… Aii… Isso… Sim…Sim… Olha, que chatice. Quer-me cá parecer que não tenho dinheiro para lhe pagar. Paciência… Lá vou eu ter de pagar com o corpinho…”
– “Ó Sr. Mumbaça, o que está você a fazer, homem? Ponha lá outra vez as ligaduras no lugar. Então você não sabe que isto é grátis?!”
– “Ahh! Raios… Logo agora que eu estava todo contente por ter aqui o mês de  Julho na cubata…”

Last, but not least…: os padres ortodoxos russos.
Apesar daqueles corpos musculados e tatuados, serem capazes de deixar o mulherio todo com “o pito aos saltos”, eu pergunto:  “Será que alguém acredita mesmo que aquilo são padres?”. Quantos padres jovens, “bombados”, com tatuagens, é que vocês conhecem? Vá… Digam-me um um. Pois… Bem me queria parecer.
É que nem aquele padre, novinho e engraçado, pelo qual as beatas suspiram todo o dia, nunca na vida se iria colocar em pelota, dobrado na direcção a outro, enquanto este lhe fazia um altarzinho, cheio de velas, nas costas… E já agora, qual será a história por detrás da imagem dos dois padres, deitados no chão, por detrás do altar?!

– “Igor, perdi a minha lente de contacto. Ajudas-me a procurar?
– “Claro Vladimir, deixa-me só tirar a batina que é para não a sujar nesse chão conspurcado.”
– “Ah! Claro, claro, tens razão. Vou tirar também a minha.”
– “Olha, achei a tua lente.”
– “Obrigado! Coloca-me a no olho, pois eu tenho aos mãos sujas… AHHH! Igor, seu patife!! Não era esse o olho.”
– “Ups…”

Não sei se terá sido bem assim mas, quer-me cá parecer que se não foi tal e qual o que acabei de descrever, não devo estar muito longe de verdade!

Por isso pessoal, aqui fica o meu conselho: deixem os calendários, em pelota, para quem sabe. É porque se a moda pega e toda a gente decide começar a fazer calendários, com gente desnuda, para 2015, ainda o nosso director acha boa ideia e obriga-nos a fazer algo do género. E acredite em mim quando lhe digo: “se há coisa que vocês não querem mesmo ver, somos nós todos nus. Já vestidos é o que é, agora imagine lá em pelota!”