A Bela e o Desconhecido – Sandra Castro

Eu podia escrever como título A Bela e o Monstro ou A Bela e o paparazzo, mas arriscava-me a ser criticada por direitos de autor e, sinceramente, criticas já carrego muitas nas costas.

Leitores, já pararam para pensar verdadeiramente no sentido da vida?

Na azáfama do dia-a-dia, as horas e os minutos a passarem freneticamente, já pensaram por segundos apenas, afinal o que é que andamos todos aqui a fazer?

E o destino, voçês acreditam que todo o nosso percurso já está escrito nas estrelas? Que o nosso Deus já decalcou as pedras que vamos percorrer? As amarguras e as vitórias? Eu acredito fielmente que sim!

Quando revemos o nosso passado (o meu ainda é curto porque sou uma gaja nova pá ) sentimos que tudo o que nos aconteceu, de bom e de mau, já estava destinado. Determinados locais, horas específicas, mas sobretudo pessoas especiais.

Porque são as pessoas que conhecemos ao longo desta difícil  jornada que nos embelezam os dias.

Teria tanto para agradecer às pessoas perfeitas que fui conhecendo e sei que posso esperar o mesmo delas em relação a mim .

É engraçado quando conhecemos alguém e a empatia é tão imediata, o carinho é tão grande e as risadas são tão espontâneas, que temos a sensação que a conhecemos há imenso tempo, parece que o conheço há séculos é a frase proferida. Pois é caro leitor, na minha forma de ver e viver a vida eu chamo a isto destino.



Há personagens peculiares que vão aparecendo na nossa insignificante vida que de uma forma original vamos conhecendo pouco a pouco, criando uma empatia a que eu costumo chamar retorno de boas energias.

Embora eu não me ache bela e já não ache o senhor um perfeito desconhecido, aqui está como prometido uma crónica sobre este assunto. Obrigada pela sua simpatia, amabilidade e generosidade nas sua palavras.

A todos os leitores do nosso jornal desejo Boas entradas e um Excelente 2013! E finalizo a minha última crónica de 2012 com um excerto de um poema de João de Deus, o poeta do amor.

Mas olha, tal qual é,
Não rias desse escrito,
Que pouco ou muito é dito
Tudo de boa-fé.

Há nesse teu olhar
A doce luz da Lua,
Mas luz que se insinua
A ponto de abrasar…

Pareça nele, sim,
Que há só doçura, embora,
Há fogo que devora…
Que me devora a mim!

Crónica de Sandra Castro
Ashram Portuense