Quando vi o anúncio referente a este projeto, pensei logo em participar. Mas do pensar ao fazer vai um logo caminho. Por instantes deixei que as minhas inseguranças tomassem conta de mim e pensei em desistir, que talvez não fosse capaz de “fisgar” um tema, de atrair os leitores. Mas agora aqui estou eu, com o portátil à frente, as palavras a escoarem por entre o teclado, a imaginação aos saltos .
Há tanto que quero partilhar com vocês, até porque há imensos assuntos sobre os quais opinar. Por onde começar? Podia estrear-me com a crise, política, futebol ou algum tema igualmente polémico e alvo de múltiplas conjeturas. Mas desta vez escolhi não o fazer, considerando que, sendo a minha primeira crónica, quero começar de uma forma mais descontraída e mostrar um pouco mais de mim.
Hoje em dia é difícil ter a minha idade, 17 anos. Temos uma inteira vida por descobrir, mas já deixámos uma infância inteira para trás. Somos adultos (ou achamos que somos) porque já podemos sair à noite, usar saltos altos, batom e temos namorados ou namoradas. Para mim é um pouco diferente. Crescer, a meu ver, é ter voz. Ser livre para exprimir o que pensamos e aguentar as consequências disso mesmo, sem contar com os pais para nos manter as costas quentes. É também ter orgulho na nossa opinião e saber sustentá-la até ao fim.
Como é difícil! Somos influenciados pelos media, pelos amigos, pelas drogas e pelo álcool , por tudo o que é mau e bom ao mesmo tempo . Comecei a escrever neste espaço principalmente por isso: quero dar aos leitores a minha visão do mundo, como jovem, e também dar um bom (espero eu) exemplo para quem está na minha faixa etária. De que a nossa opinião também conta, e que não somos tão irresponsáveis como se julga, bem vistas as coisas.
Bem, espero que esta seja a primeira de muitas crónicas, pois tenho muito de que falar. Espero também que cada uma delas seja interessante o suficiente para dar ao leitor um momento de alegria, esperança ou divertimento, em que possa esquecer os seus problemas.
Até à próxima!
Crónica de Sofia Marques
A Minha Vida e outras Insanidades
Os dezassete anos para mim foram a idade do ponto de viragem. Com 17 anos entrei na universidade, fui estudar para uma cidade a mais de 250km da minha, fui morar sozinha. E tudo correu na perfeição, ainda bem. Espero que os teus dezassete nos tragam muitas histórias, um pouco de juventude e vivacidade.