A minha vida e outras insanidades – Um dia Diferente (ou não)

O dia de S. Valentim tem uma história muito romântica e mais bela do que todos os ursinhos, rosas vermelhas e caixas de bombons que se vendem na ocasião.

Esta história passa-se na Grécia Antiga, durante o reinado do Imperador Cláudio II. Nessa altura, o dito imperador proibiu todos os casamentos dentro do seu território, com o objetivo de formar um grande e poderoso Império. Ele acreditava que os jovens sem mulher e sem filhos se alistariam mais facilmente, pois não tinham responsabilidades.

Apesar desta regra, um bispo romano, Valentim, continuou a celebrar casamentos em segredo. Esta prática foi descoberta e este condenado á morte. Enquanto estava preso, mulheres e homens apaixonados enviavam – lhe bilhetes e flores, dizendo que ainda acreditavam no amor, até que a filha do seu carcereiro, Astérias ( que era cega), se interessou por ele e pediu ao pai permissão para o visitar. A autorização foi concedida, e desde aí ela passou a visitá-lo frequentemente, até que se apaixonou pelo bispo e recuperou milagrosamente a sua visão. Antes da sua execução, Valentim deixou uma carta de amor para a  jovem, que terminava com a expressão “do teu Valentim “ que é ainda hoje utilizada nos postais que celebram esta ocasião, que celebra o dia da sua morte ( 14 de Fevereiro).

Quanto a mim, acho que este dia se tornou demasiado comercial. Para quê tantos presentes, e alguns autênticos clichês? A história desde dia é tudo menos banal, mostra que o amor em liberdade é algo que se deve valorizar, pois muitas pessoas não têm hipótese de o demonstrar em pleno. Cada pessoa é única, então porque não dar algo igualmente único? Nem que seja algo simples, um passeio, um amo-te no momento certo, uma coisa feita à mão (mesmo que não se tenha jeito nenhum) até faz bem ao bolso e mostra que nos importamos o suficiente para perder tempo, e arriscarmo-nos a fazer uma “figurinha”.

E para quem não tem namorada ou “Valentim”, uma saída com os amigos, um bom livro, uma mudança de visual ou uma viagem fazem maravilhas. E é verdade ( sem ofensa aos casais ) que as pessoas apaixonadas podem parecer um bocadinho malucas às vezes para quem não sofre da mesma “doença”.

Espero que tenham tido (e não que tenham) um bom dia dos namorados, pois esta crónica está a ser escrita dia 13 de Fevereiro, e só é publicada à quinta (dia 16), como os leitores sabem!

Crónica de Sofia Marques
A minha Vida e outras Insanidades