A minha vida dava uma crónica – A roda dos alimentos

Olá meus belos bifinhos com cogumelos. Como tem passado cara feijoada à transmontana?Os seus filhos estão bons exmo. frango estufado?
Não levem a mal dirigir-me a vós nestes termos mas acabei de ler que nós somos o que comemos pelo que me parece adequado. Eu, por exemplo, desde o almoço que sou o bacalhau à conventual e está aqui comigo a toucinho do céu que em breve vou levar ao paraíso sem que o nabo do marido descubra.
Quer dizer…se calhar estou a ser indecente e injusto porque ele pode já não ser nabo se entretanto tiver ingerido outra coisa qualquer…olha…pode por exemplo já ser o trouxa de ovos.
Estando com a toucinho vou me esquecer por uns instantes da minha grande paixão, a peitos de peru, que tem uns atributos que nem vos conto…Infelizmente para mim ela preferiu casar com o queque que para contrair matrimónio com ela acabou com uma relação homossexual muito quente que mantinha há 5 anos com o bobó de camarão.
Isto das relações tem muito que se lhe diga…o bobó de camarão quando a relação com o queque terminou juntou-se ao marmota de rabo na boca tornando-se numa relação com barbatanas para nadar onde a originalidade (ou deverei dizer ordinarice?)impera.
Resumindo: Toda a gente neste história casa e eu, que cada vez estou mais passado, sou a única panela sem testo que não arranja modo de sair do fogão.
Qualquer dia pego num livro de receitas para ver o número de umas profissionais e contrato uma piranha frita para me vir fazer companhia. Nunca experimentei mas diz quem sabe que vale a pena.
Ou isso ou faço greve…de fome claro está.
Cumprimentos,
Tosta-mista (que esta crónica demorou a escrever e entretanto fui lanchar).

Crónica de João Pinto Costa
A minha vida dava uma crónica