dignidade: s. f qualidade moral que infunde respeito; consciência do próprio valor; (…) grandeza; modo digno de proceder; ~ humana~ valor particular que tem todo o homem como homem, isto é, como ser racional e livre (…) (do lat. dignitate- id) – dicionário Porto Editora da Língua Portuguesa, 8ª edição
A teoria da dignidade
Ou
de como “Todas as Estradas vão dar a Roma”*.
A teoria que hoje se discute tem por base uma das mais belas palavras de toda a Língua Portuguesa.
Para melhor compreenderem este ponto de vista convém porem-se de pé,
inspirarem e expirarem longamente,
após o que, devem repetir em voz alta e com as letras (bem) desenroladas: DI-GNI-DA-DE.
Premissa:
Dignidade é um conceito Humano.
Desenvolvido e aplicado por animais Humanos.
Só os Homens a (re) conhecem.
Sendo um “conceito”, É, adquirido.
Através da educação.
Da formação.
Do exemplo dado pelo “outro”.
Podendo concluir-se que:
se a criatura Humana não for convenientemente “exposta” a tal vírus nunca contrairá a “doença”.
Onde quero chegar?
A dois lugares:
Primeiro:
a manifestação do dia 15 de Setembro de 2012.
Segundo:
a estreia de mais uma edição da “casa dos segredos” da TVI no dia 16 de Setembro de 2012.
No dia 15 de Setembro de 2012 o “povo” saiu à rua exercendo o seu direito à contestação.
No dia 16 de Setembro de 2012 o “povo” assistiu à estreia da “casa dos segredos” da TVI exercendo o seu direito de escolha.
Isto é (como diria o Eça – e desculpa lá ó Eça) “uma deliciosa pilhéria”.
Porque ambas as coisas (contestação e direito de escolha) são absolutamente dignas.
Fruto de uma escolha racional e livre de Homens.
O surreal do quotidiano faz-me sempre rir.
Números:
Um milhão de pessoas na manifestação.
Dois milhões de pessoas a assistir à estreia do concurso.
Onze ministros e trinta e cinco secretários de estado “compõem” o Governo.
Vinte (mais uma) são as pessoas que “compõem” o concurso.
Os números são importantes.
11+35 = 46 pessoas = um milhão
20+1 = 21= dois milhões.
O sucesso do circo também se mede pela “qualidade” dos palhaços.
Podem dizer-me: “estás a misturar alhos com bugalhos”.
Até me podem chamar nomes feios.
Só que não têm razão.
A dignidade depende da perspectiva.
Está muito mais dentro do olhar de quem olha do que daquilo que é sentido pelo que é “olhado”.
Quem lançou petardos junto da Assembleia de República achou-se digno.
O meu olhar é diferente.
Quem entrou na “casa dos segredos” acha-se digno.
O meu olhar é diferente.
Não por uma questão moral.
Só,
porque,
ao meu
olhar.
chamo:
DIGNIDADE.
Desenrolando as letras.
Fiquem bem. Até para a semana.
* Velho provérbio português
significa: não importa de onde partas pois chegas sempre ao mesmo lugar.
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