Afinal de contas Pai não Sofre assim tanto…

Ora sejam muito bem-vindos a mais uma crónica do “Pai Sofre”. Antes de mais quero pedir-lhe desculpa por ter demorado tanto tempo a regressar, mas diz que esta história de ser pai acaba por ocupar um bocadinho de tempo… Vá-se lá saber porquê.

Outro motivo que motivou a minha ausência prolongada foi o facto de que um tipo (não vou citar nomes)  ter lançado um livro com o mesmo nome que uso na minha rubrica: “Pai Sofre”… O que parecendo que não acaba por ser chato e pode até causar problemas à minha pessoa…

Quando soube dessa situação ponderei desistir de escrever o Pai Sofre. Ao fim ao cabo estava a escrever histórias que mais dia menos dia acabariam por ser associadas ao outro tipo. Um tipo cuja originalidade é tão limitada que até o seu ultimo nome parece ter sido roubado à CP. Fiquei “piurso”. Por mais que tentasse escrever nem uma simples palavra conseguia transpor para o papel. Só o simples pensamento que as minhas histórias podiam ser consideradas dele era inadmissível. Eu escreveria e ele recebia os louros. Eu é que tinha a página do Facebook e ele beneficiaria disso nas suas vendas. Eu insultaria alguém e ele… e ele… Hum… Foi aí que que a realidade me acertou em cheio, que nem uma barra de ferro nas ventas.

Percebi que a melhor maneira de o tramar era mesmo voltar a escrever a crónica do Pai Sofre. A falta de qualidade dos meus artigos aliada ao fraco sentido de humor que disponho seria a forma perfeita de me vingar do Cláudio. Ups… Peço desculpa, escapou-me. Mas também “Cláudios” há muitos, e só com o primeiro nome ninguém chega lá, não é verdade?!

Foi então que decidi vingar-me: voltaria a escrever a minha crónica. Uma crónica extremamente merdosa, numa rubrica sem piada nenhuma, com o nome igual ao do livro que ele tinha acabado de editar! Pumba! Toma lá que é para aprenderes… Espero que as vendas do teu livro sejam tão fracas como as leituras da minha rubrica! Ou piores, porque diz que no mês passado nove pessoas leram isto…

(Nota: Agradecia que me autografasses o livro, que te enviei no outro dia por correio, porque o meu advogado precisa do teu nome completo para avançar com o processo em tribunal!)

Posto isto posso avançar para o que realmente interessa: a paternidade!

A paternidade é uma coisa maravilhosa. Pelo menos para mim. A gaiata pouco ou nada chora, dorme uma série de horas seguidas, mama, faz chichi e cocó. Se soubesse que ser pai era assim tão bom já tinha largado o latex há muito. Jovens de Portugal, esqueçam os preservativos, parem de tomar a pílula e façam bebés! A vossa vida é muito melhor quando têm alguém dependente de vocês 24h por dia. (E se por ventura não tiverem ninguém com quem fazer um bebé, adoptem! Assim como assim vêm aí 4000 migrantes não deve ser muito complicado arranjar alguém que queira ir viver para a sua casa.)

Mas voltando um bocadinho atrás… Lembra-se de lhe ter dito que era um homem sortudo por a minha filha não chorar, dormir bastante, mamar bem, e fazer chichi e cocó?! Pois bem, a minha vida agora resume-se a isso mesmo. “A menina fez chichi? Fez cocó? A que horas? Já mamou? Em que mama? Mamou muito? Arrotou?” Amigos, deixem-me que vos diga, o dia em que ficam contentes por verem cocó 3 ou 4 vezes ao dia é o dia em que sabem que se tornaram oficialmente papás! Mas não se preocupem, o sorriso compensa tudo! Ver a vossa bebé feliz e contente por estarem a tratar dela faz tudo valer a pena! Mesmo quando ficam com cocó nas unhas, urina nos braços e vómito nas costas…

Por hoje é tudo. Não me vou alongar mais, até porque já passaram 3h e tenho de ir limpar uma fralda cagada antes que ela comece a berrar com fome. Prometo que para a semana estarei de volta e partilharei muito mais histórias divertidas (inclusive o dia do parto. Um dia que tão cedo não irei esquecer!) Até para a semana!

“Ai! Ai! Pai Sofre!” (Senhor Carril está bom assim? Acham que escrever “Ai! Ai!” antes é o suficiente para não me processar por plágio? Obrigadinho, sim?!