Um dia, enquanto estava sentado a almoçar um belo cabrito assado com batata, aproximou-se um espanhol, todo manienta com tiques de bardajão ( origem interessante, na Espanha significava homossexual passivo, já em árabe queria mesmo dizer escravo). O choninhas olhou para ele de alto abaixo e não o deixou sentar-se ao pé dele. Só imaginava uma mulher horrenda, pouco torneada e com uma pequena barbicha.
Pescoço alto que se encaixava mesmo no meio dos largos ombros. “Ca nojo!” Contudo o homem insistiu e sentou-se no banco vazio que estava mesmo ao seu lado. Indignado o choninhas, disse-lhe:
– Alguém te convidou para te sentares ao pé de mim?
– Oh querido! Não, mas pensei que não tivesse mal…
Ui…aquele “Oh querido!” não lhe suou muito bem… se fosse a borracha que trabalhava no café era diferente, mas aquele, deixa a desejar. (borracho – deriva do latim que significava cor vermelha. No entanto, em Espanha chamavam aos recipientes de pele onde guardavam o vinho de borra ou borracha. E quem bebesse daqueles recipientes era considerado um borracho. Por fim, na década de setenta, associava-se a uma pessoa bonita.)
Passados uns minutos, o choninhas já espumava pela boca e disse num tom escleroso:
– Vai bardamerda!
– Onde é isso? Estás-me a convidar para alguma coisa?
– Ia, ainda dizem que sou totó – pensou. – Não, estou mesmo a dizer para ires dar um passeio ao bilhar grande!
– Isso deve ser mesmo bonito!
– É mesmo espetacular!
De repente, chega o cota e apercebe-se do mau ambiente e pergunta, num tom melancólico o que se estava a passar. O choninhas todo alterado disse:
– É este gajo! Não o suporto!
O velho tentou a acalmá-lo dizendo-lhe que tinha de respeitar os outros tal como eles são. Não se conformando com a situação levanta-se e num ápice vai-se embora. O bardajão levanta-se rapidamente e diz:
-Espera! Eu vou contigo a “bardamerda”! (“vai a bardamerda” – tem uma origem engraçada. Nas cidades Europeias do Antigo Regime não havia água canalizada nem esgotos. Os despejos domésticos eram acumulados em baldes e estes eram despejados no rio mais perto das suas casas. A aguadilha que estava no interior daqueles baldes era um pouco nojenta, escura e mal cheirosa que causaria repugnação a qualquer pessoa. Daí a expressão “Vai beber da merda” ou ainda mais simplificada “Vai à merda” ser considerado um insulto.
Em suma, é engraçado saber a origem das palavras usadas nos dias de hoje. São histórias engraçadas que as pessoas deviam ter conhecimento, daí ter escrito sobre este tema, mostrando, através de uma pequena história, o significado de algumas expressões muito usadas no nosso dia-a-dia.
Boas leituras!
“Aí que choninhas!“
Pelos vistos apesar de escreveres um artigo de opinião numa plataforma pública, não te dás ao trabalho de ler as opiniões das pessoas que comentam. Talvez porque tens a noção que as crónicas nem merecem comentários. Alertei para o facto de escreveres mal o título da crónica da semana passada, mas não te deste ao trabalho de o alterar esta semana!
Depois engraço com a tua inaptidão de fazer a concordância de género e número como se pode ver em : “todo manienta”
Analisemos este pedaço de texto:
“O choninhas (…) não o deixou sentar-se ao pé dele (…) Contudo o homem insistiu e sentou-se no banco vazio que estava mesmo ao seu lado.”
Então deixou ou não deixou?
“se fosse a borracha que trabalhava no café”
Mas os cafés agora contratam borrachas para trabalhar? De que forma? E o plástico também trabalhava lá?
“E quem bebesse daqueles recipientes era considerado um borracho”
Por acaso borracho (neste caso) vem do facto das pessoas ficarem bêbadas, ou seja de apanharem a “borrach_eira”.
“disse num tom escleroso”
Claramente não leste o meu comentário aos teus “banhos públicos”. Se o tivesses feito não cometias a calamidade de escrever “escleroso” (adjetivo referente a quem tem esclerose) em vez de “asqueroso”!
“e pergunta, num tom melancólico”
Sabes o significado de melancólico? Parece-me um pouco repentino neste contexto!
“O velho tentou a acalmá-lo dizendo-lhe que tinha de respeitar os outros tal como eles são. Não se conformando com a situação levanta-se e num ápice vai-se embora.”
Aqui claramente não respeitas a concordância dos tempos verbais. Conjugas os verbos de uma acção passada no presente do indicativo.
“mostrando, através de uma pequena história, o significado de algumas expressões muito usadas no nosso dia-a-dia”
Não estás a mostrar o significado de algumas expressões, na melhor das hipóteses estás a mostrar UM dos significados e/ou origem dessas mesmas expressões.
Realmente mais não posso fazer que te aconselhar a fazeres “Boas leituras!”. Talvez assim mudes um pouco a qualidade da escrita.