Aristides de Sousa Mendes

Numa conversa com a minha irmã, surgiu o nome Aristides de Sousa Mendes. E, graças a essa conversa, lembrei-me de um trabalho que fiz na escola sobre este grande homem e grande português.

Esse trabalho fez-me conhecer melhor a história deste corajoso homem, que ousou desrespeitar uma ordem directa de Salazar para salvar milhares de judeus da morte certa às mãos dos nazis alemães. O cônsul de Bordéus durante a Segunda Guerra Mundial decidiu conceder vistos que permitiam a fuga através de Portugal a várias famílias, mesmo quando o Presidente do Conselho e Ministro dos Negócios Estrangeiros (acumulava funções) António de Oliveira Salazar o proibira de o fazer.

Schindler é referido como tendo salvo 1200 judeus.  As referências que encontrei dizem que Sousa Mendes salvou pelo menos 10 mil judeus. No entanto, Schindler teve direito a reconhecimento em todo o mundo, através do filme de Steven Spielberg em 1993.  A vida de Sousa Mendes só chegou ao cinema em 2011, realizado por Francisco Manso e João Correa.

Não obstante existir agora uma Fundação Aristides de Sousa Mendes e uma associação criada por aqueles que hoje estão vivos porque Sousa Mendes salvou os seus ascendentes, acho que tão grande acto heróico, tão grande figura, ainda por cima português, nos devia encher de orgulho e ser muito mais divulgado. Todos os portugueses (e não só) deveriam conhecer a história de Aristides. Estou certo que não houve ou há muitos homens como ele. Mas que deve ser um exemplo, orgulho e inspiração para todos, disso não tenho qualquer dúvida.

 

Crónica de João Cerveira

Diz que…