Ora viva! Prontos para mais uma dose de parvoíce? (E olhem que comigo as doses são como no norte, sempre bem servidas!) Sim?! Então vamos lá a isso…
Na semana passada lançaram-me um repto. Ao início fiquei um pouco apreensivo, depois fiquei entusiasmado, e logo de seguida o entusiasmo transformou-se em medo, até que por fim pensei para comigo: “Eh pá Gil, deixa-te de tretas e vai mas é pesquisar o que raio é um repto…”. Assim pensei, assim o fiz. E quando descobri que um repto era o mesmo que um desafio fiquei todo contente. Eu adoro desafios… Mesmo que às vezes os desafios não sejam exequíveis – como é o caso deste! O repto que me lançaram foi: “escrever um texto sobre astros, mas com piada!”.
“Onde é que eu me fui meter?! Nem o Ricardo Araújo Pereira conseguiria fazer tal coisa…” Fazer piadas sobre astros? EU? O único Astro, com piada, que eu conheço é o cão dos Jetsons. Esse sim tinha piada! Um Dogue Alemão gigante, cinzento, que tinha a habilidade de falar e ainda levava os chinelos ao dono, quando este chegava a casa. Só de me lembrar dele dá-me vontade de rir… Astro, seu cão maluco, ficarás para sempre no meu coração!
Até porque, bem vistas as coisas, foi através dos Jetsons que tive o meu primeiro contacto com a Astronomia.
1º Eles viviam no espaço;
2º Andavam de planeta em planeta com os seus carros-nave;
3º Ficavam muitas vezes retidos no trânsito, devido às constantes chuvas de meteoritos, que cismavam em passar nos momentos mais inoportunos.
Fora isso (pelo menos para mim) os astros são coisas um tanto ou quanto aborrecidas. Se ainda fosse para falar sobre astrologia… Aí sim, era capaz de fazer piadas com fartura. Podia falar do Professor Bambo, do Mestre Fofana, ou a ainda da grande e poderosa Maya. Agora sobre Astronomia… A única coisa que eu sei sobre Astronomia é que as pessoas bêbedas sentem uma enorme atracção por ela… (Acredite no que lhe vou dizer: um tipo pode nunca ter olhado ‘com olhos de ver’ para o céu, mas quando está bêbedo, o céu parece-lhe uma coisa fantástica. Observar aquela imensidão, ver a luz das estrelas a reluzir por cima da sua cabeça, tentar adivinhar qual das estrelas é a Polar, escrutinar as constelações…). Não há coisa mais engraçada do que ver um bêbedo a olhar para uma mão-cheia de pontos luminosos no céu e dizer: “Estão a ver? Aquela é a Ursa Maior, aquela é a Menor…e aquela é a outra… Que agora não me lembro do nome!”
E por falar em Ursas, permita-me que coloque algumas questões no ar… Quem é que foi o “urso” que decidiu dar aqueles nomes às constelações? Sob o efeito de que substâncias é que ele estava quando achou que aquilo se pareciam com ursas? Será que ele alguma vez viu uma ursa na vida?! Para mim, os nomes correctos seriam: Espermatozóide Maior e Espermatozóide Menor (sendo que o Menor tem a Estrela Polar na cauda). E antes que me comecem já a insultar, quero apenas dizer que não sou o único a não concordar com estes nomes. A prova disso é que a Ursa Maior é também apelidada de “Caçarola, Arado, Burocrata Celestial, Sete Sábios, Carruagem – ou Carroça de Charles – entre outros…” Isto sim são nomes de constelações! Agora Ursa Maior, Ursa Menor e Cassiopeia… Sinceramente! Imagino as zangas de namorados que já não devem ter existido à pala destes nomes…
Vamos imaginar um casal de namorados, sentados no carro, a olhar para o céu:
-“Fofinha, estás a ver ali no céu…É a Ursa Maior!”
– “Ursa Maior?! A quem é que estás a chamar Ursa Maior?! Ursa Maior é a tua mãe, ó seu camelo!!” – E pronto! Assim termina uma relação.
Ou ainda…
– “Amor… Estás a ver ali a Estrela Polar? Ao lado é a Cassiopeida.”
– “O quê?!? Tu queres-me pular para onde?? Isso só depois do casamento, ó meu grande ordinarão!
– “Não, bebé… Eu queria dizer Cassiopeia. Enganei-me!” – E assim termina outra relação…
Confesso que não percebo muito sobre Astros. Nem dos que fazem parte do sistema solar (asteróides, cometas, estrelas, meteoros, planetas, planetóides ou satélites naturais – também conhecidos como luas), nem dos que fazem parte da história de Hollywood (Marilyn Monroe, Heath Ledger, Marlon Brando, Bruce Lee, etc…). Mas uma coisa é certa, tanto uns como os outros (mesmo depois de mortos) continuam a estar bem visíveis e presentes nos dias de hoje. E ainda bem que assim é, pois é graças a eles que nós somos quem somos e estamos onde estamos!
Obrigado a todos, vemo-nos novamente quando a lua estiver em balança e estiver a começar o ‘reinado’ dos Aquários! (AH! Raios… Isso é Astrologia. Faço sempre confusão…) Até para a semana, então!
Crónica de Gil Oliveira
Graças a Dois
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Ai, Sr. Gil Oliveira. Desta vez foi mesmo do cacete. Com que então os astrónomos são todos uma cambada de bêbados, alcoólicos inveterados?
Saiba que a Astronomia foi uma das primeiras ciências desenvolvidas pela humanidade. Não foi fruto de uma distração momentânea ou até vitima de um incidente. Os Chamâns usavam a observação dos astros como forma de regular a vida nas primeiras aldeias e ajudar a curar as maleitas dos enfermos.
Conclui-se que para si é mais fácil seguir os resultados da primeira divisão de futebol da Portugal ou até mesmo da Espanha, não é?
Tenho por ideia que a Astronomia nunca deu cabo de uma relação que não estivesse solida. Bem pelo contrario. Nos meus tempos de jovem namorei muito iluminado pela lua das estrelas e das fogueiras a alguma distancia dos telescópios.
Aproveito para lhe dizer, já que não investigou bem ou a fundo, mostrando o seu desinteresse, que os desenhos mais antigos de constelações são imagens de focas, vasos e tabuleiros de jogos dos Sumérios, indicando que as constelações podiam já estar estabelecidas por volta de 4000 a.C. A constelação Aquário foi criada pelos Sumérios, em honra do seu deus An, que derramava as águas da imortalidade sobre a terra. O zodíaco foi dividido em 12 partes por volta de 450 a.C. pelos Babilónios.
As constelações do Hemisfério Norte de hoje são um pouco diferentes das que os Babilónios, os antigos Egípcios, Gregos e Romanos conheciam. Homero e Hesíodo mencionaram constelações e o poeta grego Aratus de Soli (315-245 a.C.) escreveu uma curta descrição de 44 constelações no seu livro Phaenomena. O astrónomo e matemático grego Ptolomeu, no seu Almagest, descreveu 48 constelações, das quais 47 são hoje conhecidas pelo mesmo nome descrito na altura.
No passado, muitas outras pessoas têm agrupado estrelas em constelações, no entanto, estes arranjos frequentemente não correspondiam às do antigo Oeste (Europa e Norte de Africa). Algumas constelações chinesas parecem-se com algumas deste Oeste, indicando a possibilidade duma origem comum.
Nos finais do século XVI, os primeiros exploradores europeus dos mares do Sul mapearam o céu do Hemisfério Sul. Novas constelações foram adicionadas por um navegador dinamarquês, Pieter Dirckz Keyser que participou na exploração das Índias em 1595.
Subsequentemente, outras constelações do hemisfério Sul foram adicionadas pelo astrónomo alemão Johann Bayer em parceria com Johannes Hevelius e pelo astrónomo francês Nicolas Louis Lacaille, publicando o primeiro grande atlas celeste, Uranometria.
Muitos outros propuseram novas constelações, mas os astrónomos finalmente concordaram numa lista única de 88. As fronteiras das constelações, no entanto, permaneceram um assunto de discussão até 1930, quando as fronteiras definitivas foram fixadas pela União Astronómica Internacional.
Na realidade, a Astronomia nunca quebrou uma relação solida, bem pelo contrario. Lembro-me de nos meus tempos de jovem de ter consolidado as minhas relações ao som do crepitar de uma lareira a alguma distancia dos telescópios instalados ao lado das tendas. Sim, porque á noite faz frio.
Assar carninha e comer com pão mole e uns vegetais pelo meio como se fossem hambúrgueres era bem melhor do que ir escutar musica aos berros em ambientes fechados e cheios de contaminantes nocivos. No campo também se bebiam cervejas e vinhos caseiros, mas com regra. A ideia era ver os corpos celestes monofocados.
Espero que tenha aprendido algo mais com este tipo que pertence a uma cambada de “bêbados inveterados” que olha para os céus ao longo de milhares de gerações.
Um abraço
José Ligeiro (Hic)
Sr. José Ligeiro, antes de mais um muito obrigado por ter perdido tempo a ler o meu artigo. Quero que saiba que não tinha (nem tenho) qualquer intenção em ofende-lo a si, ou à Astronomia. A Astronomia é um tema que desconheço e a prova disso é que do comentário que me deixou, as únicas coisas que tenho memória é as noites deitado ao luar a observar as estrelas.
Nunca disse que os astrónomos são um cambada de bêbedos. Muito pelo contrário. Tenho-os em grande conta! (Quanto muito fiquei um pouco zangado convosco, quando fizeram bullying ao Plutão e ele deixou de ser planeta). O que eu queria dizer é que por diversas vezes já observei pessoas bêbedas (que não são, nem nunca serão astrónomos) a olhar para o céu a tentar adivinhar nomes de estrelas, de constelações ou decifrar qual é a Ursa Maior e qual a Menor.
Não sou grande fã de futebol. Vejo o Benfica quando joga e mesmo assim é se tiver companhia ou não estiver a dar mais nada na televisão. Gosto da Selecção Nacional. Mas não só a de futebol. Gosto da de Basquet, judo, hóquei, etc… Somos nós. Creio que aquelas pessoas são o exponente máximo do que temos nas diversas modalidades. Se houvesse (se é que não há) campeonatos de astronomia também iria ver e torcer pela nossa selecção. De preferência por si, José Ligeiro. Pois pelo que observei no comentário que me deixou, e nas pesquisas que fiz (sim, fiz pesquisas e sim, deparei-me diversas vezes com o seu nome) o sr. é um grande entendido na matéria e apesar de ser considerado amador para mim é profissional!
Hum bem-haja para si e para todos. Espero que tanto o meu artigo, como o seu comentário abram o apetite a todos para ler o seu próximo artigo.
P.S. Adorei o (HIC)! Para mim foi a maior prova de humor que poderia ter deixado…
Muito bom o artigo.
A mensagem é que alguns actores sociais tipo Maya banalizam tanto a sabedoria da Astrologia ( que foi banalizada nestes séculos por zombateiros ) bem como a presunção de falar em Astronomia, quando se soubessem o que realmente é, não encontrariam nada mais que funções matemáticas, logaritmos e derivadas…Aqueles hieroglifos que de um peido intelectual na TV fica bem “dizer”.
O próprio Fernando Pessoa era aficcionado por Astrologia, porque prova ser uma ciência tão experimental como a Astronomia, porém esta ultima procura suporte nas ciências matemáticas.
Enfim, teve muito bem. E vamos la comemorar.
Obrigado Filipe Silva.
Ainda bem que gostou! Fico contente por ter percebido a mensagem que queria passar. É exactamente isso. Muitos de nós confundem Astronomia com Astrologia, especialmente aqueles charlatães que se vê por aí nos programas de televisão, dentro dos jornais, ou ainda em pequenos papeis colados nos vidros dos carros (detesto esses papeis… Raios vos partam papéis que têm por hábito habitar no meu para-brisas). Concordo consigo, vamos comemorar! Hip, hip! HURRA! Hip, hip, HURRA!
Um abraço.
Ora aí está uma das razões porque o Ligeiro não entrou para a nossa associação. Ele só sabe o que lê na net e tem isso como base do seu conhecimento. Toda a gente sabe que não é bem assim. Em muitos sites existem erros crassos. Mais tarde ou mais cedo vocês vão se aperceber disso e depois não digam que não avisei. Esta pessoa só danifica o vosso valioso trabalho. Testem-no de alguma forma. Vejam quem ele é na realidade. Este é o exemplo de um tipo de agressão em que ele trata o colega como estupido e ignorante, não entendendo a parte humorística da coisa. Quem quer um colega assim junto a si? Um senhor sabe tudo que afinal não sabe nada.
Boas Rui.
Desde já muito obrigado por ter lido o meu artigo. Espero que tenha gostado. Relativamente ao comentário do Sr. Ligeiro creio que já foi respondido e as coisas ficaram acertadas (penso eu, de que…). Quanto ao humor, cada um sabe de si e o Universo, Deus ou Alá sabe de todos.
(Atenção eu não estou a comparar o Universo, Deus e Alá, não vá vir agora um fanático da religião atrás de mim…)
Volte sempre. 😉
minino tu me pegou…
lolada artigo 5*s
João Carvalho
Professor Bambo!!
Tudo de bom para você, cara. Quando quisé traga o Professor Karamba e Mestre Fofana que fazemos uma jantarada cá em casa. Ahh, já agora traga também o João Carvalho que ele também é um bacano.
Um abraço!