(Inspirado pelo artigo do Sérgio Martins – “E.T. do not go home”, porque tudo que é arte, influencia a nossa vida, e o cinema faz um bom trabalho nisso).
E que ninguém nos diga que a estrada tem fim ou que os pneus furam pelo caminho.
Quando era pequenina e o Brad Pitt tinha meia dúzia de pêlos na cara, eu sonhava ser a Louise. Aposto que todas nós já sonhamos com uns óculos de sol daqueles, com uma echarpe a voar num cabriolet tal e qual um clássico de Hollywood, com a coragem de pegar numa arma e dar cabo do canastro ao cabrão que nos magoa.
Cresci mais como a Thelma, meia perdida e apaixonada, mais de momentos e ilusões que me alimentaram por muito tempo. Sem julgamentos, Ó Misses Telhados de Vidro”. Ilusões que nos alimentam, são tudo menos vazias.
No entanto, hoje volto à sensação de querer ser a Louise e decidir a minha vida em cima do joelho, mas com certezas cimentadas, revólver no bolso de trás e a certeza de que a mesma não vale a pena se o pé não for a fundo no acelerador.
“Thelma & Louise” foi um filme que me fez tremer e que ainda hoje serve de referência à vidinha de caca que espero nunca levar. É um hino à liberdade e ao amor no seu estado puro. E se não formos livres, para quê viver de todo? Como diria a Thelma: “Let´s keep going”, antes morta que vendida por pouco.
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