Bebés – Bruno Neves

Esta semana vamos falar sobre crianças, mais concretamente bebés. E começa logo pela forma de escrever e pelo acento. É que inicialmente parece que a palavra tem dois acentos, mas afinal só tem um. Eu até escrevia com dois, mas o corrector ortográfico diz-me que é só com um e eu sou um purista da escrita. Mas não deixem de pôr acentos, se não fica estranho e pode originar algum mal-entendido.

Indo ao tema propriamente dito, e antes de falarmos dos bebés, temos de falar das grávidas. Sou o único a achar que quando temos alguma amiga ou familiar grávida parece que aparecem grávidas de tudo quanto é sítio? Nessas alturas para onde quer que olhemos está lá uma grávida, é impressionante! É um autêntico fenómeno da multiplicação.

Depois, durante a gravidez passam todas a falar em semanas. Mas de forma literal! E curiosamente ou não são sempre números que nos obrigam a fazer um sem-fim de contas para perceber de quantos meses está a pessoa afinal, do género: “De quantas semanas está? Estou de 32 semanas!” Não é por nada, mas isto é claramente bullying às pessoas que têm a matemática como o seu calcanhar de Aquiles! Entretanto o bebé há-de nascer e mesmo antes de a mãe o ver certamente que vai dizer: “Não é por ser meu filho, mas é um bebé lindo não é?” E quem feio ama belo lhe parece por isso tudo bem.

Depois de o bebé nascer, deixam de falar em semanas para falar em meses. Porque os petizes não têm um ano e dois meses, têm 14 meses. O que, mais uma vez, nos vai levar a fazer contas de cabeça durante uns bons minutos até perceber a real idade da criança. Isto para mim só tem um nome: sadismo!

Mais cedo ou mais tarde a criança há-de se aleijar, mesmo que seja de forma insignificante, e aí entra uma das grandes tradições que é o tão conhecido: “Deixa a mãe dar um beijinho que isso já passa!” Ou seja, é mãe a tempo inteiro e curandeira em part-time, é isso? Porque carga d’água é que um simples beijo da mãe, da tia, ou de qualquer outro familiar, tiraria as dores de forma instantânea? É o cúmulo da inocência, cá pra mim.

Mas há outros dramas, como por exemplo aquelas alminhas que acham que é boa ideia dar ao filho o nome do pai ou o nome da mãe. E depois, durante toda uma vida cada vez que chamar-mos o António lá vem a pergunta: “Tás a chamar-me a mim ou ao meu pai?” O cúmulo é quando para além dos nomes, pais e filhos partilham também as roupas e aparecem vestidos de igual! É como se tivessem um duplo, mas eu formato económico. Este drama ganha especial relevância quando falamos de irmãs gémeas. Portanto, já são gémeas e totalmente iguais e eles para ajudar vão vesti-las de igual. Está certo, tem lógica sim senhor! É impressão minha ou este é mais um exemplo de sadismo? Não é preciso responderem que eu já sei que concordam comigo.

Bom, e por esta semana estamos conversados. Para finalizar deixo-vos a seguinte mensagem: Façam o amor e não a guerra. Ou o contrário se fizer menos barulho. Pode ser? Muito Agradecido.

Até para a semana e façam bebés que Portugal bem precisa (mas só dos bonitos que dos feios já cá temos muitos, ok?)

Crónica de Bruno Neves
Desnecessariamente Complicado
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