Perigo de fuga, destruição de provas e perturbação da investigação, tudo fundamentos para a aplicação da prisão preventiva. Todas elas levantam dúvidas se o âmbito das mesmas for o critério do Juiz. Ora bem, Ricardo Salgado, ou como é conhecido, o dono disto tudo, não completou os critérios para existir suspeita de nenhum dos 3 principais fundamentos da prisão preventiva. Ricardo Salgado, tal como afirmou João Miguel Tavares “enquanto ele tiver memória, continuará a ser um dos homens mais poderosos do país.” É e irá continuar a ser um dos homens mais poderosos em Portugal, era efetivamente ou o dono disto tudo ou pelo menos o banqueiro dos donos disto tudo. Sócrates terá de ser considerado pelo super juiz como o rei/imperador/chefe supremo disto tudo, visto que o seu poder e influência podem causar mais danos na investigação de que é suspeito do que Ricardo Salgado na respetiva investigação. Interessante, diria até ingénuo. Ou talvez apenas suspeito.
Carlos Alexandre é o expoente máximo da justiça em Portugal, diria até que acaba por representar na justiça o que Ricardo Salgado representava no sistema bancário português e o que Sócrates representava no sistema político português, e se formos pela lógica da investigação a Sócrates espero que o juiz não peça dinheiro emprestado a nenhum amigo, ter poder e pedir dinheiro emprestado dá prisão…
Derivado de tudo isto existe quase uma centralização dos casos mais importantes na pessoa de Carlos Alexandre, dando alguns exemplos: Monte Branco, Operação Furacão, Portucale, Face Oculta, Álvaro Sobrinho, Caso BPN, Remédio Santo, Operação Labirinto, Caso dos Vistos Gold, Ricardo Salgado e Operação Marquês (caso de José Sócrates). Como é possível um juiz coordenar, co coordenar, ajuizar, decidir, ler e dedicar-se com o mesmo afinco a todos estes casos, grande parte deles ao mesmo tempo? Quando é que alguém vai investigar tudo isto? Toda esta centralização na mesma pessoa.
Por exemplo, até Novembro Carlos Alexandre tinha à sua ‘guarda’ os seguintes casos: Furacão, BPN, Máfia da Noite, Face Oculta, Remédio Santo, CTT, Labirinto, Marquês e Ricardo Salgado. Cada um destes processos exigiria um Juiz concentrado apenas e só em cada um desses casos, as provas, a investigação e mesmo a exigência temporal e profissional que cada um deles exige é não só impossível mas pouco ético ser concentrada num só homem. Mesmo que, tal como referi anteriormente, Carlos Alexandre não seja o decisório máximo em todos eles, é absurdo.
Até dia 25 de Fevereiro, o juiz vai ter de reavaliar os fundamentos para a prisão preventiva de José Sócrates. Se já se sabe que não existem nem factos concretos nem provas objetivas de nenhum dos crimes de que Sócrates é acusado, existem sim suspeitas e dúvidas, como é que vai ficar a justiça caso liberte finalmente José Sócrates? Quais vão ser as consequências para quem sem provas concretas prende e recusa a libertação proposta por vários recursos e métodos? Caso se venha a comprovar o que diz a defesa, quem se vai responsabilizar pelas consequências políticas que esta prisão preventiva criou? E voltando ao próprio título da crónica, quem vai explicar como é possível dizer se indiretamente, com a caução de 3 milhões que foi exigida a Ricardo Salgado, que o mesmo representa menor perigo de fuga, destruição de provas e perturbação da investigação do que José Sócrates. Não faz sentido, é chocante, um precedente grave e retira a meu ver a legitimidade a quem tem tomado todas estas decisões. Carlos Alexandre vai ter umas quantas noites sem dormir.
Mais, e se as negociatas de Salgado que parecem evidentes e escandalosas não ficarem provadas? Quando se tenta mandar alguém com o poder de Salgado para a prisão sem provas ou sem a veracidade das mesmas todo um sistema cai, o da justiça que o bancário já caiu. E mesmo que consigam provar, o que não me admirava, se não conseguirem a condenação, seja por recursos que o arguido interponha, ou simplesmente por impossibilidade jurídica e burocrática, como fica a justiça? Nos últimos dois anos a justiça em Portugal tem feito tudo para que se mude a imagem de que a justiça é lenta, incompetente, não funciona ou só funciona para os pobres. Na minha opinião, o que se tem criado é uma diminuição dos direitos dos ricos ou poderosos para igualar a falta de direitos dos pobres ou ‘civis’, o que acaba por não ser uma melhoria na justiça, em suma, iguala a mediocridade da justiça para os cidadãos. Carlos Alexandre é a cara desta tentativa de renovar a imagem da justiça em Portugal, como tal é o principal responsável por tapar a cara e destapar os pés ou tapar os pés e destapar a cara do sistema jurídico.
deixem trabalhar o homem e a sua equipa…não me parece que falte gente que queira ganhar dinheiro com a defesa dos arguidos . Quem não deve , não teme…
O JUIZ CARLOS ALEXANDRE É CRITICADO POR TER CÃO E POR NÃO TER.
ESTAMOS HABITUADOS A UMA JUSTIÇA LENTA, ARCAICA QUE TOCA AS EXTREMIDADES DA INDECÊNCIA.
COM O APARECIMENTO DE NOVOS VALORES, QUE NÃO PRENDEM APENAS O POBRE QUE ROUBOU TRÊS IOGURTES E SETE CARCAÇAS, PASSANDO-SE TAMBÉM A ENGAIOLAR OS DONOS DO MUNDO, ISTO FOI UMA BOMBA ATÓMICA QUE CAIU EM PORTUGAL!!!
COMO ERA POSSÍVEL PRENDER UM EX- PRIMEIRO MINISTRO, UM EX-EMBAIXADOR, UM PRESIDENTE DE CÂMARA OU MESMO O SR. TV?
DESENGANEM-SE MEUS SENHORES…A JUSTIÇA AINDA ESTÁ MUITO LONGE DE CUMPRIR O SEU DEVER!
SE PRENDEREM TODOS OS CULPADOS DO AFUNDAMENTO DO NOSSO PAÍS, QUE CAIU A PIQUE NO FUNDO DO POÇO, PRECISAREMOS DE MAIS QUARENTA E QUATRO CADEIAS, COM A CAPACIDADE DA DE ÉVORA E NÃO CHEGARÃO…
CARLOS ALEXANDRE O GRANDE……….por muito que não queiram admitir.
Basta ler os três fascistas e seus argumentos que abaixo comentaram a tua crónica caro João Campos para se saber onde está a populaça medíocre ligada ao PNR e ao PCP…é que os actuais juízes só recebem apoio dos defensores de ditaduras puras e duras…e o Juiz Carlos Alexandre não é mais do que um juiz que eterniza para estes o poder dos juízes dos tribunais plenários da ditadura salazarenta!!! E será que este o será? Pois bem o que até agora tem efectuado deixa poucas dúvidas quanto à sua parcialidade…e suspeito que a sua defesa intransigente por promover a impunidade de figuras de direita e extrema direita e também comunistas…não abonam nada em seu favor e deixam a dúvida se esse senhor não estará ao serviço de outras organizações extremistas religiosas…pois é conhecido o seu conservadorismo católico e papismo reaccionário mais básico!!! Aguardo…mas quando tudo isto…sobre José Sócrates…parir um rato…serei dos primeiros a pedir a cabeça deste!!! É que a sua continuação no cargo que está…em que goza da impunidade que goza…põe-me a mim e a todos os que não filiam na sua visão extremista e ditatorial da sociedade em perigo…e aí é uma questão de sobrevivência minha e de todos os democratas…contra este ditador e todos os reaccionários e fascistas sejam de esquerda ou de direita que o apoiam!!!
Acho que as pessoas se interrogam como é possível haver tanta disparidade de critérios, na aplicação da preventiva. O artigo escrito por João Campos, toca em aspetos profundamente pertinentes e questionáveis. Não se trata de justiça mais célere ou mais lenta, justiceira, cega, perante quem é julgado, o que está em causa é a forma díspar como são aplicadas as penas de coação, da parte do super- juiz, tendo como pressuposto as mesmas suspeitas criminais.
Não será dar demasiada importância a este ilustre Juiz ?Espero quenão seja tarde para cair na fossa, donde nunca mais saia.
Lixo de artigo. Propaganda barata. Factos errados, insinuacoes absurdas e uma pobre tentativa ee manipulacao do leitor. Ridiculo
Mas ha ainda algum imbecil que acredita na inocencia do Socrates? “Ter poder e pedir dinheiro emprestado da prisao…” Coitadinho do Socrates. So pediu uns quantos milhoes em cash feito um traficante. Qual o mal? Que vergonha. E a concentracao de casos, sr Joao Santos, chama-se capacidade de trabalho. Uma coisa que faz muita falta em Portugal. Ou vice acha que no resto do mundo cada juiz trata so de um caso? Nao, felizmente nem toda a gente tem a falta de qualidade e brio no trabalho evidenciada neste artigo
QUEM DEFENDE ESTA INJUSTIÇA SÓ PODE SER FASCISTA OU PIDE.
Este comentário merece muitos comentários. Parece querer o sim e o não ao mesmo tempo. Há iluminados que se queixam de demora na investigação. Sabe-se lá com que intenção ignoram a especial complexidade do processo. Dirão há prazos: sim, há prazos mas, ou se quer uma investigação eficaz, justa e séria, e se altere a lei, se necessário, ou se finja que se faz justiça. “Depressa e bem não há quem”, diz o ditado popular. A permissividade, a impunidade e o “politicamente correto” estão a levar-nos ao abismo.