A capa da Joana

Mais uma capa da revista Cristina que dá que falar mesmo antes da revista estar cá fora. Depois de Ricardo Quaresma e Rita Pereira pois que surge Joana Amaral Dias, nua (e já agora grávida), na capa – também surge o namorado segundo dizem (que até nem está mal na foto) mas para a questão da polémica é indiferente.

O que tem a capa para chamar a atenção de toda a gente? O que tem a capa de diferente de outras que já se viram por aí? A única diferença que encontro é que a protagonista não é uma cantora, uma modelo, uma actriz, é sim uma política. A juntar a isto o facto de a publicação ser feita em Portugal.

Desde que surgiram as primeiras imagens da capa que a mesma tem sido adorada por uns e criticada por tantos outros. Uns acham que Joana fez muito bem, que mostra a sua coragem em fazer algo do género e que a foto está muito bonita. Outros dizem que como política (e talvez como mulher) devia preservar-se de certa forma – seja lá o que isto quer dizer. Há quem ainda critique a própria revista, a linha editorial da mesma, tendo sempre capas com pessoas nuas ou mesmo por fazerem produções fotográficas semelhantes a algumas vistas no passado por esse mundo fora. Pessoalmente, nunca li a revista. Nem nunca a folheei – tem um plástico, brilhante por um lado, irritante por outro, que não deixa uma pessoa folhear a revista. Não sei se os artigos são bons ou maus, se tem muita ou pouca publicidade, se é minimamente interessante. Simplesmente vejo as capas da revista. E admito que fico sempre curiosa por saber que novidade a Cristina irá trazer na capa – não que viva para isso, mas é sempre interessante. Esclarecida que está a minha (não) relação com a revista, voltemos à capa, à capa da Joana.

Deveria Joana Amaral Dias aparecer naqueles “preparos” numa capa de revista? Pois bem, para mim (e esclareço também que não conheço a dita senhora) fez muito bem!! Não é por ser política (ou outra pessoa xpto) que é superior a outra pessoa qualquer para as pessoas ficaram tão chocadas assim. E mais, que ideia é esta que os políticos têm de ser pessoas certinhas e não minimamente irreverentes? Nota-se o que alguns colegas da Joana são certinhos, mas isto será outra conversa. A Joana não deixa de ser quem é, de defender o que acredita, de lidar com os outros como até então o tem feito, de ser menos mulher, apenas porque decidiu surgir numa capa de revista. O que mostra é dela. Aliás, a foto não mostra nada. Se estivesse de biquíni, numa praia ou piscina, seria mais ou menos o que se iria ver. Ou será que nem de biquíni uma mulher pode andar? A foto não tem nada de ofensiva, está muito bonita até. (Parabéns ao fotógrafo já agora.) Será que o que leva a tantas críticas é a gravidez? Quero acreditar que não. Bebés precisam-se e ela está a contribuir para aumentar a taxa de natalidade.

ng4632090

Gostei da capa. Gostei da irreverência – da Joana Amaral Dias e da própria revista. Gostei simplesmente.

Ficamos a aguardar a próxima capa com expectativa. Se possível com menos críticas…