Carta aberta ao Pai Natal

Qerido Pai Natal.

Sei como deves gustar de mim, desde o dia em que pra defender o teu bom nome andei á porrada na escola com um menino que dezia que tu nâo existias e eras uma mentira inventada pelos culonialistas do capitalismo só para os nossos pais gastárem o dinheiru.

Dexculpa lá nâo perceber bem o que isto quer dizer, mas acontese que fiquei logo iritado quando ele se põs a apregoar que eu cá tinha a mania de me armar em que sabia tudo como se quisese que só a mím ele dese os presentes dos meninos a quem a provessora tinha prumetido que se tirasem bôas nótas nas próvas de protugues, matmática e estudo do meio, seriam recompençados na noite de natal.

Desculpa tambem não te escrever mais veces, mas é que so agóra aprendi a juntar as letras e alèm diso se te escrevese de cada vez que ultimamente quis um presente como quando á uma semana fiz seis anos acho que já tínha arrancado todas as folhas do cadérno de linhas que a minha qerida mãe comprou em setenbro a pensar que ia durar todo o ano e eu nâo quero desiludila.

Assim gustaria de te pedire as seguintes prendas: um carrinho dos bonbeiros e outro da polìcia, o que faz três. Dois puzles do Faísca Mcqueen e outros dois do Noddy, o que faz seis. E uma aldeia inteira dos indios mas daquélas que têem mais habitamtes do que algumas pequenas cidades do interior do nosso pais, porque o meu pai nâo se cança de dizer á minha qerida mãe que o interior está a ficar dezertificado e que cualquer día ninguêm lá móra porqe veio tudo pró litoral.

Gustava tambêm que me deses para poder fazer uma supresa á minha irmâ que tem dosse anos, um daqueles leitores portáteis de cassetes que mostram na telvisâo. Fazia cá uma figura!!!!!!! E cuando ela me preguntasse como é que tinha advinhado que éra percisamente o que estava á espera de receber, nem lhe respondria. A ela que é uma senobe; não me importava de deixar com a pulga atràs da orelha a penssar que eu era sabichâo como dezia o outro menino e por iso sabia tudo. Sempre éra melhor do que contar a verdade e ela ficar a saber que ando a ôvir de orelha culada atrás das porta as conversas que tem no cuarto com as amiigas, acerca das prendas de que gostão, da escola, dos amigos e nâo só.

Fico por aqui qerido Pai Natal porque a carta vai longa e já me comessa a doer a mão. Mas nâo é como cuando a provessora nos manda fazer cópias que nunca mais akabam. É mais cuando são ditadus e para nâo ter uma má nota; tenho de inventar uma bôa desculpa para parar de escrever por causa de dar tantos errros.

Obrigadu e até pró ano com um beijinho do teu amigu menino Tonecas