Cartas para o Papai Noel, ou Pai Natal, ou Santa Claus – Marco Aurélio Cidade (Extra – Natal)

Hoje, provavelmente hoje, é dia 25 de dezembro, dia de Natal e o dia em que você deve estar lendo este meu texto, esta minha mensagem de Natal.
Eu queria escrever alguma coisa diferente dos textos que normalmente escrevo e que falam sobre publicidade, sobre marketing.
Assim é comumente, todas as semanas, mas como é Natal, me foi pedido que escrevesse alguma coisa sobre o Natal. E aqui estou eu, sem saber bem o que escrever porque, afinal, o que é o Natal? Acredito que para cada um o Natal tem um significado especial. Muito especial. Ou pouco especial.
No entanto, isso não importa muito porque o que acredito mesmo é que cada um deve ter o seu Natal particular. O Natal que fica bem lá dentro da gente e que comemoramos (ou não) à nossa maneira.
Não apenas porque é Natal que devemos ter esta ou aquela atitude; ser bondosos, caridosos, compreensivos e tudo mais que dizem que as pessoas devem ser no Natal.
Eu acho que o Natal deveria ser o ano inteiro, o tempo todo, com todo mundo, pra todo mundo.
Não é legal comemorarmos o Natal, com toda aquela comida, aqueles presentes, aquela alegria? Mas e o resto do tempo, o que fazemos? Como agimos? Como pensamos? O que fazemos para melhorar a nós mesmos, para melhorar o mundo?
Não quero cair num discurso chato ou, pior ainda, redundante, mas para mim, o Natal deveria ser todos os dias do ano, para todos.
A alegria de ter um papai Noel, ou pai Natal, ou Santa Claus, que atenda os nossos pedidos é o que mais queremos. O que acontece é que nos esquecemos de que também podemos ser um pouquinho Papai Noel, Pai Natal ou Santa Claus, como queira. De 1 de janeiro a 31 de dezembro podemos atender ou ajudar a atender o desejo de muitos que não pedem mais que um prato de comida, um pouco d´água ou leite, um teto, um pouquinho de felicidade, enfim. Mesmo que façamos algo que achemos, será tardio, mesmo que façamos algo que achemos, será pouco ou quase nada, façamos. Nem que seja apenas na forma de um bom pensamento para quem precise (e, olhe, todos nós precisamos!). Sejamos um pouco esse velhinho que só simboliza a bondade, a paz, a amizade, a sinceridade e a alegria. Sejamos nós, todos os dias, o maior símbolo de todos os tempos: PapaiNoel. Pai Natal ou Santa Claus.
Alguns irão dizer que o maior símbolo de todos os tempos é Deus. Outros dirão que é Buda. Outros dirão… Não importa o que as pessoas dirão. O que importa mesmo é o significado da atitude que todos nós podemos ter, transformando todos os dias do ano em Natal.
Não sei, mas creio que seja isso que esteja faltando à humanidade. Humanidade.
Pensando no que ia escrever para os leitores do + Opinião, e também para quem ainda não o
lê, acabei escrevendo isto e tenho a esperança de ser compreendido. Como não poderia deixar de ser, fui buscar na publicidade, uma mensagem para todos nós refletirmos. Esqueci o cunho comercial, esqueci o consumismo desenfreado e a guerra contínua para continuar no topo; esqueci tudo isso e peço que você esqueça também. Pense apenas no conteúdo da mensagem e na alegria das pessoas ao receber a visita de Papai Noel, Pai Natal ou Santa Claus. Não seria bacana fazer uma surpresa destas ( a ação da bondade, da caridade) para quem está precisando? E se fosse todos os dias, não seria melhor ainda? Essa é a ideia. Sempre dá pra começar. E porque não, agora? Pense nisso.
Um Bom Natal e que em 2013 você também possa dizer: Eu fiz a diferença!


Crónica de Marco Aurélio Cidade
(publicitário, redator escritor e professor)
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