Caution – mulheres no laboratório

Laboratórios. Aqueles locais onde os cientistas fazem experiências. Locais onde se fazem grandes descobertas. Onde homens e mulheres convivem pacatamente, na sua sabedoria.

Uma pessoa tem aquela ideia que quem trabalha nos laboratórios são sempre pessoas inteligentes, vestidos com batas ou fatos estranhos e meios nerds, um pouco alienados do mundo exterior. Um ambiente que sempre me interessou por acaso.

No entanto e para mostrar que todos temos ideias pré-concebidas (como a que tenho de serem inteligentes) Richard Hunt (Tim Hunt para os amigos ou será amigas?), prémio Nobel da Medicina e tudo, numa conferência mandou uns bitaites para o ar.

Diz este senhor, bioquímico de profissão, que existem três problemas quando mulheres estão no laboratório (diga-se a trabalhar) com homens:

  1. Apaixonam-se pelas mulheres;
  2. Elas apaixonam-se pelos homens;
  3. E quando se critica as mulheres, elas choram.

Não trabalho num laboratório. E muito menos conheço este senhor. Contudo talvez o problema do ambiente “estranho” de trabalho entre ele e as colegas seja o próprio. Primeiro não é por trabalhar com alguém que já vai ter uma relação amorosa com ela (até porque há pessoas que não se dão bem a juntar estes dois lados da vida) e segundo há por aí tanto bebé chorão homem. Até parece que num laboratório homens e mulheres não estão ao mesmo nível (tal como estão – deveriam estar – em todos os locais de trabalho).

Será que colocaram as mulheres a “trabalhar” nos laboratórios simplesmente para distrair os homens? Fica ao critério de cada um a forma como poderiam as mulheres distraírem os senhores.

Em respostas a estas palavras, muitas mulheres que trabalham em laboratórios colocaram fotos e vídeos por essa internet fora. Umas vestidas com os fantásticos fatos que favorecem imenso as curvas de quem veste (e claro que faz qualquer homem virar a cabeça de admiração – ou se calhar não), outras apaixonadas pela centrifugadora (porque lá está, uma mulher tem sempre de ter algum objecto de paixão). Digamos que o movimento #DistractinglySex conseguiu juntar algumas boas respostas a este senhor.

caution

Dizem que o Tim até já se arrependeu do que disse (claro que se me tivessem despedido por dizer seja o que for também me arrependia), mas o que está dito está dito. E a partir de agora será o Prémio Nobel da Medicina mais conhecido, não pelo que fez para ganhar o prémio, mas pelas palavras tolas que disse. Mais valia estar caladinho…