CDS VS PSD – Pedro Alves

Claro que esta semana não podia deixar de incidir sobre este “conflito” que surge no meio da coligação que governa Portugal.
Desde a minha primeira crónica, quando a oposição era inexistente e o governo mantinha o país calmo e resignado, até ao dia de hoje muito se transformou.
A oposição, em especial o PS, não teve muitas oportunidades de se manifestar uma vez que o povo percebia que este esforço tinha de ser feito. Acredito ainda que se fizessem uma sondagem, a maioria das pessoas diria que as medidas eram duras, mas necessárias.
O Partido comunista andou a fazer a festa do avante, sem contribuir com grande coisa, e o Bloco de um momento para o outro voltou a deixar mais escondidos os possiveis sucessores de Louçã e este voltou a aparecer, mas sem grande crédito.
Tudo parecia correr de feição ao governo.
Mas eis que, achando que estava tudo demasiado calmo, o nosso Primeiro Ministro faz aquela declaração ao País e tudo muda.
O povo vem para a rua, e em força, dou os parabéns por não terem sido necessários sequer os Partidos para esta manifestação.
Cada dia que passava, mais membros do governo tentavam apagar aquela fogueira com gasolina, e o PS teve a desculpa que precisava para fazer verdadeiramente oposição, e já informou que vai votar contra o orçamento de Estado, e ainda não pôs de parte uma moção de censura.
No meio de tudo isto, Passos Coelho vem à RTP afirmar da lealdade do seu executivo e acrescentou que Paulo Portas também concordava com ele.
Claro que o líder do CDS, sempre atento às manifestações populares e aos votos, abriu Guerra descarada com o PSD.
O mal estar é evidente não só entre CDS e PSD, mas também mesmo dentro do PSD.
Não se compreende como isto aconteceu, e como o Governo destruíu tudo o que havía construído ao longo deste tempo.
Não percam os próximos capitulos…



Crónica de Pedro Alves
O tradutor do Estado