Cenas de domingo à tarde – Maria João Costa

Pois, já é segunda-feira e o fim-de-semana passou mais depressa do que as ultimas férias no Algarve, o normal. O mais estranho é que as horas são as mesmas em dois dias de trabalho, e esses, parecem que duram semanas. Talvez o problema seja nosso, ou do relógio. Se o problema for mesmo nosso, tenho uma solução (não acredito que seja do relógio).
Ver menos televisão, já é um começo. Substituir a agenda cultural pelo jornal desportivo, já é um passo de gigante, e sair de casa às 08 da manhã com marmita na mochila é de muita coragem. E é isso que é preciso, porque abandonar a almofada num sábado não é para todos.

O problema está em querermos fazer o menos possível, quando deveria de ser o contrário. Porque é que tem que fazer parte, dos planos de um fim-de-semana, ocupar uma esplanada a tarde toda? Porque é que não pode ser só uma hora? Porque é que “não fazer nada”, tem que estar no topo da lista? Isso cansa, ao contrário do que se possa pensar. Porque é que não se aproveitam as entradas gratuitas de Serralves, ao domingo de manha; as exposições fotográficas no CCB ou os cinemas ao ar livre organizado pela comissão de festas da “terra”? Podem estar com a mesma companhia da esplanada, mas já não se queixam da rotina.
E piquenique, com toalha vermelha aos quadrados, e cesto de palha a condizer? Os miúdos adoram, e os graúdos também. E uma mini “road trip” pelo país? Já estou vos estou a deixar com vontade que seja sexta-feira outra vez. Espero é ter deixado a vontade de preencher a agenda e ligar o despertador este fim-de-semana.



Crónica de Maria João Costa
Oh não, já é segunda feira outra vez!