Certezas e dúvidas

Coligação na Alemanha: uma certeza

coligação

Angela Merkel assinou um acordo de governo de coligação com os sociais-democratas do SPD. Para que isso acontecesse, Merkel teve de efectuar algumas concessões, naturalmente, onde o salário mínimo, a descida da idade de reforma e a presença de uma quota fixa de mulheres (30 %) no topo das direcções das empresas, se destacam.

O SPD conseguiu, assim, um acordo com um alcance mais forte do que aquilo que foi a

sua percentagem de votos nas eleições de 22 de Setembro.

Orçamento de estado 2014: uma dúvida

orçamentoO Orçamento de estado para 2014 (OE 2014) foi já aprovado na generalidade. A maioria PSD-CDS, de direita, aprovou uma série de novas “velhas” medidas para que Portugal continue a aplicar mais austeridade na sua débil economia.

No entanto, a meu ver, este OE 2014 é dos menos importantes dos últimos anos, sobretudo se pensarmos que após Junho do próximo ano, data do fim do programa da Troika, terá de existir um orçamento rectificativo que reestruture as contas do défice, e que inclua, por ventura, mais impostos – sim, porque a austeridade vai ser bem mais dura, sem a Troika cá no nosso país.

Depois de Irlanda, regresso de Portugal aos mercados?: certamente uma dúvida

mercadoA Irlanda anunciou o seu regresso aos mercados financeiros mundiais, na “busca” de financiamento para a sua economia. Os irlandeses conseguem libertar-se, assim, do pesado jugo da Troika; porém, o desemprego na Irlanda apresenta dos valores mais altos da zona euro, e a dívida pública continua a crescer.

Portugal pretende seguir o caminho da Irlanda e, provavelmente, irá conseguir escapar a um programa cautelar, até porque a União Europeia começa a apresentar algumas melhorias quanto ao estado da sua zona euro, a Alta Representante da política externa europeia, Catherine Ashton, conseguiu fazer com que o Irão cedesse na questão nuclear, e com que a Ucrânia se “libertasse” um pouco do poder da “Mãe Rússia”; no entanto, e por que nem tudo serão facilidades daqui para a frente, seria melhor que este governo PSD-CDS saísse do poder e Passos Coelho deixasse quem perceba do assunto da governança, e que seja alguém de esquerda a tratar de colocar o país a crescer economicamente. O povo agradecia.

Crónica de Nuno Araújo