Cigavapor – Cigarro electrónico. Moda ou alternativa?

Está nas bocas do mundo, novamente, o cigarro electrónico. A escalada brutal de impostos sobre o tabaco, e a falta de alternativas viáveis para quem não consegue deixar o vício, abriram as portas para a 2ª geração do cigarro electrónico. A marca Cigavapor abriu lojas em todo o mundo, e Portugal não foi excepção, basta passar numa das lojas que parecem nascer de dia para dia, e verificar o sucesso que tem.

Tenho de começar por dizer que não sou médico. Não sou cientista, não tenho nenhum estudo especial para vos mostrar, por isso o meu artigo é completamente baseado na minha experiência e em alguma pesquisa.

Sou um assumido, mentiria se dissesse orgulhoso, fumador há 12 anos. Já fumei uns vergonhosos 2 maços e meio de tabaco por dia, mas nos últimos anos com alguma regra, consegui baixar para 1 maço e meio dia.
Falta-me o ímpeto para deixar de fumar.  Eu sei que me fazia bem à saúde, e tanto ou melhor à carteira, mas só o simples facto de pensar em deixar, deixa-me tenso.

Fui um dos que recentemente, há cerca de 2 semanas, me dirigi a uma das lojas da Cigavapor. Não só pelo que li, não só pela vontade de reduzir gastos, e até de tentar deixar o vício, mas principalmente pelo feedback que recebia de amigos. A opinião era geral: “não fumei mais nenhum cigarro, sinto-me satisfeito.”

O Kit inicial custa cerca de 20€, fiz as minhas contas simples, se eu experimentar o Cigavapor durante uma semana, mesmo que fume 1 maço de tabaco, ainda fico a poupar dinheiro. Assim lá fui eu comprar o meu  Kit.

Apesar de ser de manhã, a loja estava cheia. Fui ouvindo os clientes perguntarem todo o tipo de questões que também andavam na minha cabeça. Asseguram que são produtos naturais, que faz muito menos mal do que o tabaco, visto não haver fumo envolvido, apenas vapor de água. O líquido necessário para encher o reservatório custa cerca de 3€, e equivale a cerca de 10 maços de tabaco.

Quando chegou a minha vez, no meio de muita disponibilidade e simpatia, perguntaram-me qual a marca que fumava, isto para tentarem arranjar um sabor mais parecido com o meu gosto, acabei por experimentar 3 ou 4 sabores, de intensidade média, e a verdade é que um deles é mesmo parecido com a marca que fumava.

Volvidas duas semanas de Cigavapor, a verdade é que me sinto a respirar melhor, não acordo com a tosse típica do cigarro, e principalmente a fazer exercício, noto que tenho mais fôlego.

A verdade é que não sinto falta de fumar um cigarro verdadeiro, nas últimas duas semanas fumei um, ao fumar entalei-me: o fumo incomodou-me um bocado, mas senti-me quase como que anestesiado. Apesar de não ter conseguido fumar até ao fim, não vou negar que foi um prazer.

Sinto que o vício está entranhado em mim das mais diversas formas, e o curioso é eu sentir falta de rituais. Sinto falta de acender os cigarros. Por muito que fume o cigarro electrónico, às vezes dou por mim a pensar: “Ainda não acendi um cigarro”. E curiosamente apesar de já terem passado 2 semanas e 2 dias, quando vim escrever este artigo, trouxe o cinzeiro comigo. Esses rituais deixam marcas….

Tenho os dentes visivelmente mais brancos, não cheiro a fumo, e como recentemente comprei o sabor a morango, trago até um cheiro agradável comigo.

A nível de custos, e até ao momento, o líquido inicial deu para 1 semana, comprei mais dois recipientes de 3€ cada um, mas a verdade é que já me começa a durar mais, no início parecia que não conseguia pousar aquilo. Experimentei como disse o sabor de morango, que para o meu gosto é agradável, mas para depois por exemplo, de um café, não serve. Para isso comprei mais um coil (o recipiente onde está o líquido no Cigavapor) que custou 5.50€.

A nível de manutenção necessitei apenas de comprar uma resistência nova (dizem que dura para cerca de 2 frascos de líquido) que me custou 1.20€.

Este artigo não me foi encomendado por ninguém, e como disse é apenas baseado na minha experiência própria.

Artigo de Miguel Bessa Soares