O cocô do meu neném cheira mal pra dedeu

E aí galeraaaa. Como é que é?!? Tudo legau? É isso aí, meus chapas… (para o caso de se estar a perguntar porque raio é que eu decidi começar a escrever de uma forma deveras estranha, a resposta é muito simples: diz que há muitos brasileiros a ler o Pai Sofre, como tal decidi escrever de modo a que eles percebam…). Tudo pronto para mais uma fantástica aventura por dentro do incrível mundo da paternidade? Sim?! Ora então vamos lá a isso. O Pai Sofre desta semana irá falar de… de…. Isso mesmo, cocó! Ou mais propriamente dito: cocô de neném! (cocó de bebé. para quem não percebe brasileiro.)

O cocó é uma coisa muito nojenta! No entanto o cocó de bebé não é! O cocó de bebé é muito lindo, bem-cheiroso e fofinh… AHHH! Não consigo! O cocó de bebé é nojento também! Pronto, já disse. Lamento, sei que como pai não devia ter esta opinião, mas tenho. O cocó é nojento. Quer seja de um basquetebolista com mais de 2 metros de altura, de uma modelo da victoria secret, ou de um bebé fofinho com cerca de 50 centímetros. Cocó é cocó e cocó é sempre nojento!

“Ah e tal mas o cocó dos bebés é diferente.” – dirão alguns papás e mamãs fãs da cena escatológica. “Pois é!” – digo eu. “É diferente mas só quando eles nascem. Ao fim de 2 dias já é tudo a mesma merda!” (literalmente).

O cocó de um recém-nascido – aka mecónio – é o único que é diferente dos outros. O mecónio é um género de pasta escura, viscosa, provocada pela ingestão do colostro – aka o primeiro leite da mãe. Se nunca viu tal coisa, imagine uma espécie de mousse de chocolate negro, mesmo acabadinha de fazer. Assim é este primeiro cocó do bebé: Uma verdadeira mousse de merda!

O problema é que assim que o bebé para de expelir o mecónio a coisa fica séria. Umas vezes mais sólida, outras mais liquida, umas vezes mais amarela e outras mais acastanhada. No entanto ainda sem grande cheiro. (O que é porreiro. Especialmente para um tipo que, como eu, nunca antes tinha trocado uma fralda na vida.) Mas com o passar do tempo a coisa vai piorando… Há quem diga que tem a ver com o que a mãe come, há quem defenda que se deve ao facto do aparelho digestivo do bebé estar-se a desenvolver. O que é certo é que depois dos 3 meses os putos começam a transformar-se numas verdadeiras bombinhas de mau cheiro. E assim que começam a comer sopas e papas, UIIII! Aí então é de fugir senão caímos para o lado!

(In)felizmente para mim a minha doninha fedorenta já entrou nesta fase. Sempre que pego na princesa e tenho de lhe trocar a fralda quase que desfaleço ali. A velocidade que ela passa de “coisa mais linda do mundo” para “coisa mais fedorenta de Alhos Vedros” é estonteante. Ainda assim a alegria de ver que ela tem um enorme cocó na fralda é superior a todas estas comichosices.

Quando decidimos ser pais há muitas coisas sobre as quais não pensamos muito (e ainda bem, senão duvido que estivesse a escrever isto), esta história do cocó é uma delas. Alguma vez eu, Gil Oliveira, nos meus 31 anos de vida (que tinha antes de ser pai) teria acreditado se me dissessem  que uma das coisas mais importantes no meu dia era ficar feliz por ver uma fralda suja? Não me parece! No entanto hoje em dia sei que ver cocó é bom. Significa que a piquena está bem de saúde. Que muito possivelmente não vai ter cólicas. Que não terei de lhe fazer massagens, clisteres ou qualquer outra coisa para que consiga “largar a fartura”. Por isso, malta: O cocó e fixe! Mesmo que cheire mal como o caraças.

Para terminar quero apenas referir que tenho a perfeita noção de que já “toquei neste assunto” antes. Mas é como vos digo: quando somos pais o cocó tem todaaaa uma nova dimensão. BLHARK!”

(Um pequeno aparte… Isto há coisas do caraças, estava eu a terminar de escrever a crónica de hoje e o que é que dá na rádio?! O anúncio do “miiiicrooooolaxxxxx”. Lol. Se ainda não ouviu pesquise-o, vai ver que vale a pena..)
“Ai! Ai! Pai Sofre!”