Consultório de sexologia – Sandra Castro

Declaro aberta a primeira sessão do Consultório terapêutico-hormonal-existencial-sexual e tudo o que acabe em al.

Ao meu lado, tenho a sexóloga de renome, Dr. Francisca Pinatodos.

Boa tarde, Dr. Francisca Pinatodos, antes de mais agradeço a sua presença. E agradeço também, em nome de toda a equipa da rádio mais-opinião, os mil preservativos que a sua Clínica, a Clínica Pineaqui, nos ofereceu. E vamos, sem mais demoras, dar inicio à nossa primeira sessão de sexologia.

• A primeira questão, foi-nos colocada pelo leitor António Ferreira, do Porto.

Tenho 44 anos, sou casado e apaixonei-me por uma colega de trabalho, tem sido difícil resistir, mas tenho medo que a minha esposa descubra. Não sei o que fazer.

Resposta: Sr. Ferreira, esses sentimentos são normais e acontecem com frequência nos casamentos. O meu conselho como terapeuta é que, siga a sua vontade e vá dar uma, de preferência bem valente, com a sua colega mamalhuda. Até porque a sua esposa se encontra com o mesmo dilema, e o meu conselho para ela vai ser igual ao seu. Nessa escapadela talvez se cruzem todos e façam qualquer coisa a quatro!

• Segunda questão, colocada pelo senhor Carlos Santos, do Porto.

Doutora, tenho 65 anos, mas tenho um fascínio por mulheres novas e bonitas. As mulheres da minha idade não me provocam qualquer interesse.

R: Primeiro, aconselho-o a comprar urgentemente um espelho para sua casa, para ter a noção da idade que tem. Aconselho-o também a ter muito dinheiro na carteira, porque só vai conseguir se  envolver sexualmente com jovens de 25 anos se lhes pagar. Aproveite e leve um baralho de cartas, porque é bem possível que o sexo seja muitooooo aborrecido.

• A terceira questão foi feita pela Lúcia Silva, de Bragança.

Doutora, tenho 22 anos e ainda sou virgem. Conheci um rapaz na minha aldeia e estou a gostar muito dele, mas não sei como lhe dizer para fazer amor comigo.

R: Olá Lúcia, permita a minha sinceridade, se aos 22 anos ainda é virgem, é porque deve ser muito feia ou muito gorda! Portanto, aproveite enquanto o seu namorado está cego de amor!

• Quarta questão, disposta pela Bruna Santos, do Algarve.

Não consigo ter relações sexuais com o meu namorado, o pénis dele é muito pequeno e não sinto qualquer prazer. O que me aconselha?

R: O meu conselho como sexóloga e sobretudo como mulher, é que troque de namorado!

• A quinta duvida foi colocada pela Joana Dias, de Lisboa.

Doutora, no outro dia tive sexo oral com o meu namorado. É possível eu estar grávida?

R: Jovem Diana, a  menos que os bebés nasçam pela boca, não me parece possível! Mas continue a tentar!

• Sexta questão, disposta por Sofia Fernandes, do Alentejo.

Dr, experimentei o vibrador por brincadeira e curiosidade, e agora acho que estou obcecada! Tenho um rosa, um azul, um em silicone, um vibrador portátil, um anel vibrador, um mini vibrador, um vibrador com estimulador do clitóris, um vibrador com estimulador anal, um vibrador realista com…

R: Já chega, já chega, senhora Sofia…já deu para perceber que gosta de variar, e que não tem mais aonde gastar o seu dinheiro! Para si, cara amiga, só tenho um único conselho: arranje um homem! Um  homem a sério claro!

• Sétima questão, colocada pelo Alfredo Costa, de Santarém.

Dr, comprei um chicote e umas algemas para oferecer à minha esposa, para apimentar a relação mas…agora quer ser ela a dar-me com o chicote e a prender-me com as algemas. Começo a ficar com medo da minha mulher…

R: Provavelmente a sua esposa andou a ler demasiado os livros Cinquenta sombras de Grey, ela é o Mr. Grey e você a Anastasia…desculpe a minha risada senhor, não consegui me conter! Certifique-se que não chateou ou magoou a sua esposa em alguma altura da vossa relação, porque isto soa mais a vingança do que a prazer carnal!

• Oitava questão colocada pelo Pedro de 15 anos, de Castelo Branco.

Dr, eu nunca me masturbei, mas em conversa com os meus amigos, eles disseram que os rapazes que não se masturbam ficam paneleiros. É mito ou realidade?

R: Jovem Pedro, mito são pessoas como o Pedro que fazem perguntas tão descabidas como estas! Realidade é que qualquer homem ou mulher se masturbam, hetero ou gays. E seguramente pelo seu discurso, é mesmo esse tipo de actividade que lhe está a faltar! O meu conselho como psicóloga é que vá para casa, enfie-se no seu quarto ou na casa-de-banho e…boa sorte com isso!

• Nona questão, colocada pela Filipa Fernandes, da Costa da Caparica.

Dr, fiz recentemente um Workshop sobre como cuidar de bebés, e a formadora disse para não deixarmos as crianças utilizarem o pote para fazerem as suas necessidades, porque ficam gays, Isto é verdade?

R: Dona Filipa, deve se ter enganado no numero que marcou, isto é uma sessão de sexologia, não uma sessão para pais ignorantes! Mas já que ligou, permita-me dizer-lhe que, não sei quanto pagou por esse workshop mas devia pedir o dinheiro de volta!

• Décima questão, feita por Maria Castro, do Porto.

Dr, fui apanhada pelo meu patrão a ter sexo com um amigo no trabalho, mesmo em cima dos tabuleiros aonde servimos a comida. Acha que posso ser despedida?

R: Tem duas hipóteses, vai para a cama com o seu patrão e fica o assunto arrumado ou diz que foi vitima de assedio sexual pelo seu amigo. Mas se eu fosse o seu patrão despedia-a…mas só porque foi em cima dos tabuleiros…tanto sitio disponível, tenho pena dos clientes a quem vai ser servido a almoço no dia a seguir.

• Ultima questão, colocada por Fernando Neves, de Lisboa.

Doutora, quando estou a fazer amor com a minha mulher penso na vizinha da frente, que está sempre nua à varanda. Isto é um pecado mortal?

R: Com toda a franqueza, senhor Fernando, graças a Deus que há pecados mortais para aquecer a nossa rotina de vez em quando. A sua esposa certamente fantasia com o George Clooney enquanto lhe arranha as costas peludas. E já diz o velho ditado, a galinha da vizinha é sempre maior que a minha!

Muito obrigada pela sua companhia nesta primeira sessão de sexologia, pela Sexóloga Dr. Francisca Pinatodos.

Patrocínios:

Pasta de dentes Lavebem.

Loja de produtos eróticos Oh, my God.

Clínica Pineaqui.

Hospital dos malucos.

Crónica de Sandra Castro
Ashram Portuense