“Cuspir é feio!” – Crónica

Ora aqui está um célebre hábito que quase nos faz arrancar cabelos de tão repugnante que é. Quantas vezes já deram por vós na rua e atrás de vocês vai alguém que, do nada, parece que vai expulsar um pulmão pela boca e chapa-lo no chão como quem chapa massa numa parede? Falo por mim, dá-me a volta ao estômago. E a minha única vontade é obrigar essas pessoas a recolher aquilo que expulsaram… De joelhos… E língua no chão (Agressivo, eu sei).

Mas, para mim, há ainda um cuspir pior que este (ricas conversas hoje, hein?). O cuspir metafórico, o cuspir no prato onde um dia já se comeu. A ingratidão perante aqueles que um dia lhe estenderam os braços e os ajudaram. Mas quando essa ajuda deixa de ser suficiente para o seu ego já recomposto, dá -se um pontapé no traseiro e joga-se para canto como que uma bola furada que um dia já marcou golos belíssimos. Mas que, naquele momento é apenas uma bola furada em que o único destino possível é o lixo. Estaremos nós a colocar relações ao lixo em prol de um avanço (aparente) na vida, num jogo de vale tudo ou nada? É esta a educação que está a ser dada às crianças da atualidade?

Recentemente, fui vítima deste acto e foi algo que me ficou atravessado, gerando uma miscelânea de emoções que nem eu soube muito bem decifrar. E convosco, já aconteceu? Como conseguiram aguentar e reagir a algo deste género?

Deixou-vos com este tema sensível e uma boa semana a todos. 🙂