D i s t a n c a m e n t o S o c i a l

É sabido que alguns portugueses não têm sido amigos de cumprir as regras do atual período de confinamento geral.

Certo que muitos não têm, infelizmente, noção do espaço que ocupam e tendem a juntar-se, aos mais novos faltou estarem mais atentos à matéria nas aulas em que foram dadas as medidas de comprimento. Mas daí a confundir um distanciamento de 2 metros com 20 centímetros, vai uma grande distância. Só pode significar estarem a gozar com as outras pessoas ou, então, com a professora que no Ensino Básico o(a) não chumbou de ano porque pensava que tinha aprendido alguma coisa.

Considero inimigos dos seus amigos, todos aqueles que, ignorando o perigo real do contágio, não cumprindo as regras sanitárias da Direção Geral de Saúde, obrigam ao prolongamento dum confinamento que é o culpado por não se poderem ver. Talvez tivesse de vir menos vezes à TV lembrar o respeito pelas regras, o nosso PM que não será culpado da desobediência dos portugueses, apenas de nem sempre se lhes dirigir de forma esclarecedora. E já agora, de ter abrandado a vigilância no período de Natal, não lembrando aos cidadãos que, contrariando o provérbio, Natal não é sempre que um homem queira e, como tal, nem sempre podem atravessar livremente concelhos, para se juntarem à família ao jantar.

Aos casais, deviam impedir que fossem às compras em conjunto. É sinal de companheirismo ir às compras em conjunto mas nesta altura da pandemia, só os quadrupedes se devem deslocar em parelha. E quando forem, falem o menos possível nos estabelecimentos fechados, libertem os cordões à bolsa mas não os perdigotos, indecisos levem uma lista de compras e não passem o tempo a ligar ao cônjuge para saber de que marca devem comprar um detergente.

Assim não se vai a lado nenhum e sempre que noticiam a evolução da pandemia, devíamos ponderar na nossa atitude, temendo que um novo caso corresponda ao de uma pessoa que tenha andado connosco às compras.

Passem mais tempo em casa por dever cívico e não porque o estado do tempo não permite grandes passeios. Não corram para o supermercado como se lá fossem repor nas prateleiras, o stock de produtos que adquiriram em excesso. E não celebrem de cada vez que lá vão, metendo conversa com todos os empregados, como se há tanto tempo os não vissem que em casa estavam cheios de saudades.

Ajudem quem nos ajuda trabalhando em funções essenciais (saúde, comércio, etc), que perante o cenário de despreocupação de muitos portugueses, não sabe se o esforço que pratica está a ser devidamente recompensado.

Que cada português medite e se achar que sim, por favor espalhe esta mensagem! Não é coisa que caiba numa SMS, mas já terá valido a pena se puder evitar o envio de um SOS.