Diálogos… (1) – Patrícia Marques

“ Costumámos ter medo de nos tornarmos aquilo que vislumbrámos nos nossos momentos mais perfeitos.” (Maslow, A., cit in A força de viver de Sharma, R.)

– Olha filho, as consequências dos nossos atos vão sendo refletidas, pouco a pouco na nossa personalidade. Quando obtemos algo e achámos a concretização do nosso “sonho”, devemos de ser humildes ao ponto de sabermos eficazmente da nossa verdade conseguida, idónea e inteira, reflexo das nossas competências e capacidades.

As consequências são meros resultados que não dizem nada sobre a nossa felicidade, a não ser que agimos em conformidade com o nosso desejo ou o nosso dever. No entanto, são as emoções que daí resultam que nos comovem, que nos realizam, que nos preenchem de felicidade ou simplesmente, que nos desiludem. Mas também quero que nunca te esqueças que a desilusão é uma utopia designada pela sociedade para apontar o “falhado”; essa é uma teoria social. No entanto, convém saber que se tu sonhas, se tu ages, se tu pensas sobre isto e aquilo, e se és uma Pessoa, esse termo nunca se aplicará a ti desde o dia do teu nascer até ao dia do teu morrer físico.

Existem algumas ilações de senso comum que dizem que “falhar é humano”; mas a sensação da falha não é digna de se dizer humana, portanto para o homem, a pertença à falha não existe; existe sim a pertença às atitudes, ações, pensamentos que vão sendo tentativas à nossa perfeição de realidade ou de realização. Essa perspetiva que engloba valores como sendo os de origem psico-espiritual – o Amor, a Verdade, a Paz – assuntos que dizem algo ao nosso desenvolvimento consciente, humano, no patamar das deliberações sensíveis e famintas da mente e do espírito.


Crónica de Patrícia Marques
Um lugar ao Sol
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