Diálogos… (4) – Patrícia Marques

“Não te esqueças de que o melhor presente que podes oferecer aos teus filhos é o teu tempo”.

“…As coisas que se escrevem são aquelas com que nos comprometemos na vida”.

(Sharma, R., 2010)

Professor, quando é que a vida se faz chegar a mestre e o amor a doutorado? Eu sei que a realidade, o rácio, é preguiçoso, mas também sei que ele necessita de descobrir algo que o entretenha. Também sei que do desenvolvimento das experiências nasce a aprendizagem formal, e por fim a aprendizagem celestial; da verdade suprema, extrai-se a verdade própria ou a chamada pequena interpretação; mas professor, como é que vivo com grandes votos na vida, como é que retiro verdades preciosas, realidades sonhadas e maravilhadas, como é que continuo a acreditar no mundo, se parece que sinto a minha ausência?

Voltar ao de novo, faz-me ter de entender o retrocesso do “há muito tempo atrás…”e o professor sabe mais do que ninguém, que de sucessos vive o homem (quando assim o deixam); mas entender os insucessos, o homem já não é assim tão capaz; não projeta sentido nos insucessos, nem ganha ilusão ante esta verdade.

Mediante isto, Ele fecha os olhos quando a inteligência se deita e diz:

“- Amanhã há mais, e verás como será o rosto de um dia mais alegre do que hoje!”

Obrigada professor pelas dicas das mil pedras onde necessito de me sentar para viver a esperança. Não ouso viver dos verdes gastos, nem canto por poder pertencer a um núcleo interlunar, onde as nuvens se inclinam e escondem o desanuvio de outros tempos ou calam a proeza e a sustentabilidade de ações que eu não sei.



Crónica de Patrícia Marques
Um lugar ao Sol
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