Discos Pedidos – Poesia Pedida

Olá caro leitor/ouvinte! Hoje temos para si (ou para ti no caso dos leitores que permitam mais confianças por parte do autor) uma edição especial dos Discos Pedidos, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas! Vamos focar-nos então no Camões, o homem que salvou os Lusíadas a nado e que sofreu as represálias de todos os estudantes que tiveram pesadelos com essa obra enquanto estudantes e que hoje se vingam através dos erros gramaticais fazendo o pobre Camões dar mais voltas no caixão que aquelas que um porco dá quando está no espeto. Para celebrar a poesia e nomes como o Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa, passando por todos os outros que marcaram a poesia na língua portuguesa (incluindo o AGIR porque temos de chegar às várias faixas etárias e classes sociais), hoje temos para vocês poesia pedida.

Luís de Camões não apareceu à reunião para a negociação dos direitos de autor dos seus poemas por, alegadamente, estar morto, por isso temos poesia de um poeta não tão famoso, mas multicultural. Nasceu e cresceu no Alentejo, e fez-se homem no Ribatejo, e dá pelo nome de Bruno de Custódio. Ele não seria capaz de salvar uma obra a nado porque não sabe nadar, mas quando não tem os óculos postos também só tem um olho, somando o 0,5 da esquerda com o 0,5 da direita.

Para declamar os seus poemas convidámos dois ilustres locutores da Rádio Voz de Alenquer: Bruno Neves (o CEO do Ideias e Opiniões) e Margarida Gaspar (a nossa nova cronista).

Vamos então dar inicio a esta edição especial dos Discos Pedidos.

Depois de, há um ano atrás, o Sporting ter apresentado Jesus como o novo treinador da sua equipa, o FC Porto anuncia agora o Espírito Santo como o seu novo técnico. Ao Benfica, se estiver interessado, existe um João de Deus na segunda divisão, nomeadamente… no Sporting B. Curiosamente, em 2007, Rui Vitória treinou em Fátima. A época 2016/2017 poderá ser a mais religiosa da história e nem o Papa fica indiferente a este acontecimento, tendo visita marcada para Portugal para Maio de 2017, altura em que costumam terminar os campeonatos. Há até quem diga que ele pondera candidatar-se à presidência da liga e que faz questão de estar presente na entrega da taça à equipa campeã. Para já, fica-se apenas com a dedicatória de um poema do nosso ilustre desconhecido autor a todos as equipas portuguesas.. Para elas, “Rola a Bola”.

Estamos às portas do Verão. De manhã penso que sim, à noite penso que não. Termos um bom Verão pode estar ao alcance de um psicólogo que consiga chegar lá a cima e dar uma consulta a São Pedro que parece estar numa crise de identidade. Enquanto não sabemos se o Verão começa a 21 de Junho ou numa data a definir entre Setembro e Outubro, ficamos com um poema da dedicatória do próprio São Pedro, “As Portas do Verão”.. Mas onde estão essas portas São Pedro?

O alinhamento da televisão tem perdido qualidade ao longo dos anos, fazendo com que os intervalos sejam a melhor parte da programação e que estes pareçam curtos demais, trazendo de volta o terror, mas não em forma de filme. Antes era um drama perder o comando, agora é aflitivo encontrá-lo. Zé Povinho, pobre português, ligou para nós enquanto a sua mulher, Maria, via a quarta telenovela da noite e pediu o poema “A TV Que Eu Não Vi” para dedicar a todos os portadores de televisão em Portugal.

Não é só Luís Vaz de Camões que dá voltas no seu caixão. A cada golpe que o nosso país sofre, a cada queda, D. Afonso Henriques, Vasco da Gama, Marquês de Pombal e muitos outros dão voltas e voltas nos seus túmulos. Há vida depois da morte? Para estes há, vida de matraquilhos, imóveis e giratórios. Eles construíram o Portugal que hoje outros destroem. Se um dia se quiserem sentir na pele de uma das pessoas que ajudou a construir Portugal, construam um castelo de cartas em cima de uma mesa e esperem que passem algum “político” que faça o vosso império cair. Para dedicar o último poema da noite, “Assim Vai Portugal” temos D. Duarte Pio, que dedica os próximos versos a todas as figuras históricas do nosso país, em jeito de queixinhas.

Esta edição dos Discos Pedidos tem o patrocínio dos Dicionários Português-Inglês. Porque neste Verão é um crime não saber dizer “want to put the cream?”.

Quero deixar um especial agradecimento ao Bruno Neves e à Margarida Gaspar pela excelente interpretação que fizeram aos poemas e por me terem apoiado nesta minha ideia maluca e em todas as outras desde o inicio.