Dr. Mengele (Anjo da morte) e as experiências Nazis – João Campos

Conhecemos muitos criminosos nazis da segunda guerra mundial, mas há um que continua a passar esquecido nos livros de história e na cronologia da humanidade, Dr. Mengele, médico de Auschwitz, que efectuou experiências tenebrosas com judeus. Se ser levado para Auschwitz poderia com um milagre não significar morte, cair em Auschwitz nas mãos de Mengele, significava bem mais que isso. Tortura, experiências macabras, fim de qualquer dignidade humana e no fim, a morte. E quando chegasse a altura de sucumbir não haveria ninguém que não o desejasse, com o tratamento que o Anjo da morte ou Todesengel, como ficou conhecido, oferecia.

Inicialmente Mengele não foi procurado, apenas quando os soviéticos começaram a entrevistar os prisioneiros resgatados e todos falavam no Dr. Death é que a NKVD começou a investigar o médico.

Depois da segunda guerra, iniciaram se os julgamentos de Nuremberga, mas muitos dos criminosos de guerra fugiram da Europa antes de serem capturados pelos aliados. Os locais de destino foram variados, as teorias mais comentadas e investigadas foram sempre Argentina e Vaticano com quem se dizia que os nazis tinham um acordo de proteção mútua.

O Dr. Death como ficou também apelidado fugiu para a Argentina, através do porto de Génova onde chegou de carro, apanhou o barco até a Argentina onde foi acolhido por uma organização de proteção de nazis em fuga, uma espécie de sobrevivente da desinfestação que se fez dos mesmos no mundo inteiro.

Por lá se escondeu e se manteve até Adolf Eichman ser apanhado, criminoso de guerra e também ele na Argentina, depois Mengele fugiu para o Paraguai e o seu último destino, Brasil onde foi morto.

Mas passemos ao que me levou a escrever esta crónica. Os seus atentados contra a dignidade humana e sofrimento humano.

Dr. Mengele era obcecado com a genética, e como qualquer médico gostava de derrubar os seus princípios e ir à sua génese (da genética). Como tal juntou o útil ao agradável, o desprezo pela raça judia, a paixão pela genética e a tentativa de facilitar de certa forma a propagação da raça ariana, a raça perfeita, na sua cabeça.

Uma mente deformada pensa nas maiores atrocidades como meio para atingir os fins, e foi assim que começaram as experiências.

Veremos agora algumas delas.

Numa primeira fase, injectou substáncias químicas nos olhos de crianças e adultos, obviamente sem anestesias de qualquer tipo, com o objectivo de conseguir transformar olhos castanhos ou pretos em olhos azuis. Seguindo o ideal ariano. Numa outra fase começou também com as tentativas de perceber se era possível forçar o nascimento de gémeos por forma, a em vez de nascer uma criança ariana de cada vez, nascerem duas, aumentando assim para o dobro a natalidade. Para tal fez experiências macabras de unir gémeos pelas veias, em cirurgia, o resultado foi um fracasso como seria de esperar.

Mas Mengele não desistia e todos os dias eram recrutados dos prisioneiros que chegavam ao campo, gémeos que eram conduzidos para instalações bem melhores que as do resto do campo, onde eram guardados para as experiências de Mengele, até este as solicitar.

Fez também amputações extremas em muitas vítimas, com o objectivo de testar a resistência humana, assim como mandou meter crianças e adultos em tanques de água gelada com objectivo uma vez mais de ver onde o organismo humano aguentaria situações extremas. Obviamente que as experiências de Mengele careciam de valor científico, mas também óbvio era o patrocínio indiscriminado do regime nazi. Dissecou também vivas, inúmeras pessoas, normalmente mestiças, leia-se com pai e mãe de raças diferentes, branco e negra por exemplo. E mesmo as suas vítimas que sobreviviam às experiências raramente saiam do bloco 10 de Auschwitz com vida, uma vez que na maior parte das vezes Mengele, mandava dissecar as vítimas para ver os efeitos das experiências a nível interno.

No fim de grande parte das experiências que a nível interno (neste caso a nível ósseo) se notasse deformação ou degeneração, os corpos eram mergulhados num recipiente de um líquido que apenas deixava os ossos intactos, para depois serem enviados para Berlim onde serviam de amostra da degeneração humana que os judeus e as outras ‘raças inferiores’, como eram consideradas, sofriam.

Deixo-vos agora algumas fotos de experiências macabras conduzidas pelo Dr. Morte, uma foto sua, e do seu escritório e laboratório em Auschwitz. Aviso para o carácter impressionável de algumas imagens.

O Dr. Josef Mengele e o seu laboratório no campo de Auschwitz:

imageimage 

 

E agora algumas das suas experiências:

imageimageimageimage

 
LogoJoãoCamposCrónica de João Campos
Improvisação Intlectual