Editorial n.º5 11/11

Esta semana marcou o início de muitas alterações para o +opinião. Não deve ter passado despercebido as várias vezes que o site se encontrou em baixo, tudo isto pelas alterações que estamos a proceder. Nesta semana foi feita uma grande alteração ao servidor, para que o site possa estar preparado para receber os novos desafios.
Recentemente o +opinião iniciou uma busca de novos colunistas. Pelo que já vimos já é possível assegurar que em breve vai ser adicionada ainda mais qualidade ao site. Em breve, o +opinião vai contar com novos colunistas e novas crónicas, aliados a uma nova imagem, mais funcional e intuitiva.

Em Portugal, país onde tudo serve para polémicas, polémicas que trazem atrasos quando se exigem decisões imediatas, está guerra aberta aos feriados nacionais. Portugal tem muitos feriados e é necessário reduzi-los. Quais? É a questão que se impõe.
Muito se fala, mas se fizermos uma pequena introspecção a decisão é muito simples.
25 de Abril, apenas uma recordação, de um país que outrora existiu, que se revolucionou, com muita coragem, a uma ditadura militar. A 25 de Abril de 1974 os portugueses disseram que “Em Portugal, o povo é quem mais ordena.” Isto acontece nos dias de hoje? As coisas não estão neste momento, iguais ou piores do que em 1974? Passa pela cabeça de algum português fazer uma revolução? Não sou da geração de Abril, mas como membro da Geração Rasca, digo que na minha opinião, a essência de Abril está perdida.
1 de Maio, dia do trabalhador. Com a Europa e o FMI a mandar em nós, são os trabalhadores os primeiros a sofrer. São cortes, impostos, ausência de aumentos, paragem das categorias, e impostos extraordinários. Em tempos de crise os trabalhadores perdem os seus direitos e acentuam os seus deveres, porque não perder também o seu feriado?
Já agora sobre este último, devia ser criado mais um feriado, o Dia do Rendimento Mínimo,  sejamos francos, trata-se da situação de cada vez mais portugueses. Faz sentido que se dedique um dia a tão elevado número de gente.

Para acabar, não se esqueçam dia 24 de Novembro temos nova greve geral em Portugal. A greve geral é ferramenta dos sindicatos para lutar contra o governo, mostrar descontentamento. O governo tem um grande prejuízo… mas meus amigos, não é o governo que vai pagar os prejuízos, somos nós, portugueses, contribuintes. Não sou contra os sindicatos, mas a greve é uma ferramenta obsoleta, que apenas prejudica aqueles que trabalham. Aqui devia haver também revolta dos portugueses, no caso contra os sindicatos. Todos somos penalizados. Não será obrigação do sindicato pensar em ferramentas mais rentáveis e até de impacto maior?

Para não correr o risco de ser mal interpretado, sinto-me apenas na obrigação de informar que, como é lógico, em relação aos feriados estava a ser irónico.

Editorial de Filipe Vilarinho