Era uma vez uma sms – Maria João Costa

A culpa é do britânico Neil Papworth. Não culpem os mais novos de estarem distraídos durante os jantares de família, nem os deixem de castigo só porque dão mais uso ao polegar do que a outra zona do corpo. Eles não têm culpa.

A primeira SMS, “Short Message Service”, foi enviada há 20 anos, e dizia “Feliz Natal”, hoje, são milhares e milhares de mensagens, e dizem tudo o que a imaginação permitir.

Em Portugal o pico de mensagens escritas enviadas, foi entre 2005 e 2006, talvez porque a Vodafone perdeu a cabeça ao perguntar: “Quem quer mensagens gratuitas?”, disseram todos que sim. Já ninguém precisava de mandar toques durante horas, já podiam escrever “Gosto muito de ti”; “Queres namorar comigo? A:Sim; B: A ou C:B”, sem terem um toque como resposta.

Há quem abuse das coisas boas que as SMS`s oferecem, e fazem delas um vício tão grande que não as largam, nem quando estão a conduzir. Mas a culpa não é nossa, a multa tem que ser reenviada para o britânico.


Os professores de português também reclamaram, e desta vez a culpa não é do inglês. As abreviações, a substituição de letras e o uso e abuso dos K`s, deixa qualquer amante da língua portuguesa à beira de um ataque de nervos. Mas também, quem é que escreve num teste “pk”, ou “klker”? Alguém que usa e abusa das mensagens escritas.

Abreviações à parte, o melhor é escrever com escrita inteligente (modernices das SMS`s), ou optar mesmo pelas opção “chamar”, já que as operadoras perderam todas a cabeça quando perguntaram “Quem quer chamadas gratuitas?”. Em último caso também há o Skype e Chat nas redes sociais, mas isso agora não interessa nada!

Ainda bem que não vou enviar isto por mensagem, demasiados caracteres para se ler enquanto se conduz … e enquanto se faz um exame. As abreviações têm toda uma razão de existirem.

Crónica de Maria João Costa
Oh não, já é segunda feira outra vez!